Desde a Operação Lava Jato, são várias as denúncias de corrupção em torno dos estádios que sediaram a Copa do Mundo de 2014. O mais típico esquema de corrupção foi o cartel que permitiu à Odebrecht, Camargo Corrêa, Andrade Gutierrez e outras empresas de engenharia fixar lá no alto o preço das obras e dividi-las entre poucos concorrentes. A parceria entre empreiteiras, que também administrariam os estádios e clubes de futebol locais fariam o negócio valer a pena.
Mas o lucro das obras para as empreiteiras e o benefício esportivo para os clubes foi relativo. No caso de Odebrecht e Náutico, um fiasco! A construtora e administradora da Arena Pernambuco e o clube do Recife assinaram acordo de 30 anos para que o Timbu utilizasse o estádio. O alvirrubro receberia R$ 500 mil por mês para mandar seus jogos em São Lourenço da Mata. Porém, atolada em dívidas após a Lava Jato, a Odebrecht rompeu o acordo. O Náutico, sem receber a mensalidade, levando pouquíssimos torcedores aos jogos e afundado na zona de rebaixamento para a série C, resolveu reativar sua casa abandonada a partir do ano que vem, no nobre bairro dos Aflitos.
Tudo indica que a Arena Pernambuco será o mais novo elefante branco de 2014 e que o dinheiro do cartel não será recuperado. Resta torcer para o Timbu se recuperar.
Edição: Joana Tavares