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Galeria | Indígenas explicam por que ocupam as ruas de São Paulo

Nesta quarta (30), manifestantes ocuparam a Secretaria da Presidência da República (SP) e o Ministério da Justiça (DF)

Brasil de Fato | São Paulo (SP) |
São dezenas de etnias que reivindicam regularização de suas terras.
São dezenas de etnias que reivindicam regularização de suas terras. - Mídias Ninja

Dezenas de indígenas realizam um ato, na Avenida Paulista, centro da cidade de São Paulo (SP), no início da tarde desta quarta-feira (30). Os indígenas protestam contra uma portaria do Ministério da Justiça que revoga a criação da reserva indígena no Pico do Jaraguá, na zona noroeste da capital paulista. Na prática, a decisão pretende reduzir a extensão do território de 512 para apenas 3 hectares.

Pela manhã, os manifestantes ocuparam o prédio da Secretaria da Presidência da República na capital, e o ministério da justiça, em Brasília (DF). 

O Brasil de Fato participa da mobilização em São Paulo e traz relatos de homens e mulheres indígenas que, de diversas idades e etnias, reivindicam pela regularização de seus territórios.

"Somos povos primitivos, precisamos da terra para plantar e para deixar viva a nossa cultura", Laudicéia Kerexu, Aldeia Calipety, em Parelheiros (SP). 

 

"Estamos lutando para a demarcação de terra porque hoje nossa terra é muito pouca para sobreviver da caça, pesca, plantação. Estamos aqui passando cansaço, mas esperando que dê tudo certo", Teranquilino Karai, da aldeia Krukutu.

 

"Essa luta não é só do guarani, mas de todo o povo brasileiro. Precisamos de água e alimentos para permanecer aqui", Aline jaxuka, guarani da aldeia Tenonde Porã.

 

"A gente só sai da Casa do Temer quando ele sair da nossa; ele invadiu o nosso território com essa portaria, invadiu quando colocou uma ruralista e um general na Funai", Thiago Henrique Djekupe, líder da aldeia Tenondé Porã.

 

               
"Esse governo além de corrupto não quer bem, não só do povo indígena, mas do povo brasileiro. Temos que nos manifestar porque vivemos uma ditadura silenciosa", Olívio Jekupe, da Aldeia Krukutu. 

 

 

 

Edição: Simone Freire