A reforma agrária é considerada um dos principais fatores que permitiu a Cuba se tornar um Estado com independência econômica e política. Realizada durante a Revolução Cubana, a medida também alavancou o desenvolvimento social do país. As conseqüências e contradições desse processo foram estudadas pela historiadora Joana Salém Vasconselos e estão presentes no livro "História Agrária da Revolução Cubana: Dilemas do Socialismo na Periferia", da editora Alameda, que será lançado neste sábado (2) na capital paulista.
"Eu abordo o que aconteceu com a estrutura agrária de Cuba a partir de três dimensões: o regime de propriedade; o regime de cultivo e o regime de trabalho. A Revolução Cubana conseguiu superar o latifúndio a partir de um debate sobre quais seriam as propriedades socialistas e como seria organizar a agricultura e o regime de propriedade socialista”, comenta a autora.
O livro é resultado da dissertação de mestrado de Joana, realizada no Instituto de Economia da Universidade Unicamp, em 2013. A autora quis compreender as polêmicas que envolvem historicamente o socialismo na América Latina. “Eu fui levada a pensar na ideia de como aconteceu a revolução na agricultura cubana, que seria o melhor exemplo pra explicar o que significa um processo de socialização da agricultura na América Latina e de tentativa de superação dos problemas do capitalismo periférico que se concentram no campo”, diz.
Durante o lançamento do livro será realizado um debate com a autora e o economista e professor da Unicamp Plínio Arruda Sampaio Júnior.
Serviço:
Horário: 15h
Local: O Espaço Cultural Tapera Taperá, está localizado na Galeria Metrópole, próximo ao metrô República.
Edição: Vanessa Martina Silva