Na semana em que se comemora o dia da pátria, a Central Única dos Trabalhadores de Minas Gerais (CUT/MG) inicia um conjunto de ações contra a entrega do país. O assunto foi debatido na segunda-feira (4) na sede da entidade, em Belo Horizonte.
Na semana passada, a CUT/MG já havia lançado a Campanha em Defesa dos Serviços e dos Servidores Públicos e contra a Privatização, cujo objetivo é resistir às investidas do governo golpista de Temer (PMDB) e do PSDB.
“Se nós não defendermos os serviços públicos, não teremos serviços públicos mais. Não queremos que aquilo que é direito seja transformado em mercadoria. Então, está na hora de todos nós, cada vez mais, conversarmos com a população para que ela entenda que os serviços públicos são direitos. E que ela possa, com os sindicatos, fazer a luta contra a entrega do país”, comenta a presidenta da CUT/MG, Beatriz Cerqueira.
À tarde, sindicalistas debateram os impactos da reforma trabalhista, aprovada pelo Congresso no mês de julho. À mesa, o economista Frederico Melo, assessor técnico do Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Sócio-econômicos (Dieese). “Foi introduzida uma mudança brutal nas relações de trabalho, sobre os direitos dos trabalhadores, do ponto de vista individual, coletivo e da ação sindical. É um mundo novo que vamos ter que enfrentar”, avalia o economista.
No dia 7 de setembro, a CUT lança em todo o Brasil uma campanha pela anulação da reforma trabalhista e da lei que libera a terceirização ampla e geral. Na capital mineira, o lançamento acontecerá junto à manifestação do Grito dos Excluídos, marcada para começar às 9h30, na Praça da Rodoviária.
Edição: Larissa Costa