Lamentavelmente, a administração superior da Universidade Federal de Uberlândia (UFU) se ausentou da Assembleia Universitária do dia 5, convocada pelas quatro entidades representativas (ADUFU-SS, APG-UFU, DCE-UFU e SINTET-UFU), e que tinha o propósito de debater o caos que caracteriza a vida universitária após a política de destruição da educação superior pública promovida pelo governo golpista de Temer.
A Assembleia clamou por mais transparência e debate público acerca do futuro da gestão, do ensino, da extensão e da pesquisa. Foi unânime a defesa de que a UFU não deve retirar nenhum recurso da assistência estudantil, bem como foi consenso de que os rumos da gestão do Hospital Universitário devem ser discutidos em audiências públicas, uma vez que é de conhecimento geral que nem as fundações privadas e nem a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (EBSERH), que desmancha a estrutura de um Hospital Escola, são alternativas para a gestão do HC-UFU.
A Assembleia Universitária também se posicionou contrária à criação de cursos lato sensu com cobrança de mensalidades, que simboliza a prática privatista desse ilegítimo governo. Mas o debate que permeou do início ao fim a assembleia foi pautado pela necessidade de a administração superior da UFU se posicionar publicamente sobre a conjuntura política e os cortes orçamentários
A Assembleia também frisou que é tarefa da gestão superior da UFU se posicionar contra a destruição da UERJ, da UFU e das demais instituições de ensino. Estamos, todas e todos na UFU, ansiosos por ver qual será o posicionamento da gestão superior da universidade e se ela cumprirá a tarefa histórica de construir os embates necessários em defesa da universidade pública-estatal, gratuita e com qualidade.
*Mário Costa de Paiva Guimarães Júnior é da coordenação colegiada do SINTET-UFU.
Edição: Joana Tavares