"Queremos mostrar nossa realidade, através do recorte de classe, raça e gênero", diz Thiago Borges, jornalista da Rede de Jornalistas da Periferia. A experiência de Borges se soma a outras que são realizadas nas periferias de cidades brasileiras.
No intuito de romper barreiras de esteriótipos sociais e culturais, contra o discurso dos grandes meio de comunicação, movidos pela vontade de gerar as próprias pautas e serem protagonistas de suas narrativas, jovens da periferia de São Paulo ganham visibilidade e força ao se reunirem em coletivos de comunicação.
"A gente vai da ponte pra lá para buscar conhecimento, mas queremos que esse conhecimento, trazido de lá, fique aqui para a comunidade", diz Borges, do coletivo de Comunicação Periferia em Movimento.
A Rede Jornalistas da Periferia é um exemplo de congregação de diversos coletivos de comunicação de regiões como Grajaú e Capão Redondo, na Zona Sul e mídias alternativas compostas só por mulheres periféricas de diversas partes da cidade.
Neste sábado (16), a rede promoverá a primeira "Virada Comunicação", que vai trazer profissionais da comunicação, literatura, arte e cultura para debaterem temas como o fomento à comunicação periférica, o protagonismo e invisibilidade da população periférica.
O evento será realizado no Centro Cultural Grajaú, na Zona Sul da capital, à partir das 10h.
Confira no videorreportagem um bate-papo com alguns membros da rede. Eles falam sobre experiências e visões sobre a mídia periférica:
Edição: Vanessa Martina Silva