No terceiro dia do julgamento da chacina de Osasco, a fase de oitivas das testemunhas se encerrou e os trabalhos de interrogatório dos réus começaram. O primeiro réu a ser interrogado foi Fabricio Eleutério, sobre quem pesa o testemunho de um sobrevivente, que o reconheceu como autor de disparos.
Os três réus que estão sendo julgados agora pela chacina de Osasco, que vitimou 17 pessoas em 2015, são os policiais Fabrício Eleutério e Thiago Henklain e o guarda civil Sergio Manhanhã. O policial Victor Cristilder entrou com recurso para ser julgado em outro momento.
Foram ouvidas pela manhã e à tarde as oito testemunhas de defesa. A noiva e a sogra de Fabrício Eleutério disseram em juízo que ele esteve com elas o tempo todo enquanto as chacinas ocorreram.
Já as testemunhas de defesa de Sergio Manhanhã disseram que ele não teria o poder para mudar as viaturas que patrulhavam a região de direção, enquanto as testemunhas de defesa de Thiago Heinklein falaram que ele esteve o tempo todo dentro do quartel do batalhão no momento da chacina.
A acusação, conduzida pelo promotor Marcelo de Oliveira, sustenta que há provas materiais e testemunhos fartos, mas ressalta que o medo das pessoas de serem vítimas de assassinatos pesa na busca de mais testemunhas, e também nos depoimentos delas em juízo. Ele disse que a testemunha que reconheceu Fabrício Eleutério nas oitivas de ontem passou mal no depoimento e vomitou ao fazer o reconhecimento no tribunal.
Após os interrogatórios dos réus, haverá debates entre o promotor e os advogados. A expectativa da juíza responsável por conduzir o tribunal de Júri é a de que, com o ritmo acelerado dos trabalhos, o julgamento termine ainda essa semana.
Edição: Radioagência Nacional