Diante de críticas e falta de consenso, os senadores deixaram para a semana que vem a votação das regras para o financiamento público das campanhas. Na terça-feira, foi montada uma comissão com cinco senadores para construir um texto de consenso. A proposta tratava exclusivamente de financiamento, mas o texto apresentado na tarde desta quarta-feira (21) inclui regras para filiação partidária, registro de candidatura, prestação de contas de candidatos e propaganda na internet.
A estimativa é que o fundo terá no mínimo R$ 3 bilhões: R$ 500 milhões viriam do fim da propaganda partidária gratuita no rádio e na televisão e outros dois bilhões e meio das emendas feitas pelas bancadas no Congresso ao orçamento da União. O senador Armando Monteiro, do PTB, afirmou que, com isso, as campanhas serão mais baratas.
Uma parte dos senadores acha que usar os recursos de emendas parlamentares vai retirar dinheiro da educação, saúde e assistência social. Outros pedem o fim por completo da campanha eleitoral no rádio e na televisão. E há aqueles que querem a manutenção da propaganda em ano de eleição para garantir mais chances aos novos candidatos.
A discussão será retomada na próxima terça-feira e se for aprovado no Senado, o projeto ainda precisa ser analisado na Câmara dos Deputados. O presidente da casa, Eunício Oliveira, já está conversando com a Câmara para garantir um acordo.
Para valer nas próximas eleições, o texto precisa ser aprovado até 7 de outubro.
Edição: Radioagência Nacional