Desde 5 de setembro profissionais da educação de Palmas, capital do Tocantins, estão em greve. As/os grevistas reivindicam pagamento de reajuste salarial e de direitos garantidos em lei, atrasados desde 2013..
Jeffirson Ramos, professor da rede pública municipal em Palmas afirma que a greve de fome ocorre por falta de diálogo com prefeito da cidade, Carlos Amastha (PSB).
E a greve de fome foi o último instrumento de luta que a gente teve porque o prefeito se nega a negociar e a dialogar com o sindicato que representa a categoria
Ao todo sete professores estão em greve de fome neste momento. São eles: Antônio Chadud, Neilon William, Pinheiro Alves, Márcio Brasil, Tahina Paz, Vinícius Luduvice e Fábio Lopes.
O estopim para a greve de fome foi a declaração do prefeito afirmando que cortaria o ponto dos mil professores que seguem em greve.
Segundo nota do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado do Tocantins, a categoria tentou diálogo com o prefeito no último dia 19, uma vez que, a proposta feita não atendia aos anseios da categoria. O Sintet enviou ofício solicitando com urgência a realização de uma audiência, porém, não houve resposta.
"A questão é que o prefeito não dialoga e age como se fosse ditador, só ele tem razão, não quer escutar os grevistas ou o sindicato e se nega a abrir mesa de negociação", disse Ramos.
O professor afirma que outra pauta importante é o cumprimento por parte da prefeitura de direitos conquistados como os acordos feitos em torno dos planos de cargos e carreira do município e as negociações da greve de 2015.
"A gente reivindica eleições para direção de escola porque, desde quando assumiu o cargo da prefeitura em 2012, ele nunca cumpriu a pauta apesar de todo ano prometer. Além de várias outras coisas que dizem respeito à qualidade da educação, e que tem a ver com a luta por uma educação pública e de qualidade", completa.
Na manhã desta sexta-feira, os pais fizeram uma manifestação de apoio aos professores e reuniram cerca de 400 pessoas. Segundo o professor Ramos, a greve de fome serviu para criar uma rede de apoio aos professores.
No terceiro dia da medida, que não tem prazo para findar, os sete professores já estão bem debilitados e seguem sendo acompanhados por médicos e enfermeiros.
Procurada, a prefeitura por meio de sua Secretária de Comunicação afirmou que as informações de falta de diálogo não procedem. "A Prefeitura de Palmas sempre esteve aberta ao diálogo, entrou em acordo com a categoria e já iniciou o pagamento dos direitos dos servidores" afirmou.
Edição: Vanessa Martina Silva