O Ministério Público Federal de São Paulo determinou que as pessoas envolvidas no escândalo da construção do Fórum Trabalhista de São Paulo, conhecido como "prédio do Lalau", devolvam os R$ 1,04 bilhão desviados da obra. O prédio fica na Barra Funda, região central de São Paulo, e foi inaugurado em 2004.
O ex-juiz Nicolau dos Santos Neto, conhecido como Lalau, o ex-senador Luiz Estevão e o empresário Fábio Monteiro de Barros não poderão recorrer da decisão. Por esse motivo, foi possível pedir o ressarcimento imediato dos danos materiais e morais.
O escândalo surgiu a partir da coligação entre a Incal Incorporações, vinculada a Fábio Monteiro de Barros, e o Grupo OK, propriedade de Luiz Estevão.
A parceria foi criada para participar da licitação aberta em 1992 por Lalau, na época presidente do Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região.
Os três cometeram uma série de irregularidades durante a construção, com a colaboração de outros envolvidos.
Uma das irregularidades foi o sobrepreço de materiais, pagamentos adiantados e transferências ilícitas para contas bancárias no Brasil e no exterior.
Do valor total exigido pelo MPF, 585 milhões de reais dizem respeito aos desvios, em cifras atualizadas, e R$ 461,4 milhões são para ressarcimento de danos morais.
O grupo chegou a quitar o equivalente a R$ 338 milhões até março de 2016.
Edição: Vanessa Martina Silva