Manifestantes na Catalunha foram às ruas nesta terça-feira (03) em uma greve geral convocada por representantes independentistas e respaldada pelos principais sindicatos da região.
Praticamente todas as escolas catalãs estão fechadas hoje, além de serviços de saúde e portos (os de Barcelona e Tarragona estão parados). Os sistemas de transporte (metrô, trem e ônibus) funcionam com apenas 25% de sua capacidade.
Um total de 59 manifestações fecharam o tráfego em várias vias da Catalunha, provocando retenções, em alguns casos, de mais de 10 quilômetros, segundo o Serviço Catalão de Transporte. Manifestantes também se concentram na frente da sede de Barcelona do PP, partido do premiê Mariano Rajoy.
O impacto da paralisação está sendo menor na indústria, segundo a Agência Efe. A empresa automobilística Seat manteve as portas abertas nesta terça.
A convocação se deu em protesto contra a violência policial registrada no último domingo (01) contra o referendo de independência, considerado ilegal pelo governo central, em Madri.
Inicialmente, a greve havia sido chamada para mostrar a rejeição pelas prisões e registros policiais da semana passada para evitar o referendo, mas a ação da polícia no último domingo motivou a mudança do sentido do protesto.
Referendo
O Governo da Catalunha realizou no último domingo, um referendo separatista, declarado ilegal pelo Tribunal Constitucional, do qual, segundo o executivo catalão, participaram 2,2 milhões de pessoas.
Durante o dia, a violência policial contra a votação deixou mais de 800 feridos, dois deles em estado grave, segundo o Barcelona.
Edição: Opera Mundi