Fernando Coelho Filho defende facilitar os lucros de empresas multinacionais
O ministro de Minas e Energia, Fernando Coelho Filho, um dia diz uma coisa e no outro pretensamente muda de opinião para enganar. É assim que se comportam os integrantes do governo golpista e ilegítimo sob a chefia de Michel Temer, defensor da entrega do que ainda resta das riquezas nacionais para o capital internacional.
No caso do ministro, inicialmente ele se posicionou pela privatização da Petrobras, mas no dia seguinte disse que só defende a privatização da Eletrobras, como se essa defesa fosse positiva para o Brasil, quando acontece exatamente o contrário.
Fernando Coelho Filho também defende, como Temer, facilitar os lucros de empresas multinacionais e de quebra do setor bancário. Ao lado desse posicionamento em favor de privatizações se colocam economistas carimbados, defensores incondicionais do esquema montado que leva o Brasil a se transformar em uma colônia de quinta categoria.
Em reforço dessa estratégia entreguista perniciosa são acionados os tais colunistas de sempre que não param de defender privatizações, seja da Petrobras ou da Eletrobras. Dão espaço a políticos enganadores que se apresentam como não políticos, como o prefeito de São Paulo, João Dória (PSDB), também defensor da privatização da Petrobras.
Repetem baboseiras dessa natureza quase diariamente com o claro objetivo de ver se pelo menos setores da opinião pública, onde se encontram os incautos, se posicionem da mesma forma.
Na prática esses colunistas entram em choque com o que acontece nos países que eles adulam, onde as riquezas energéticas são defendidas pelos respectivos governos. Mas no Brasil, sob a condução de um governo ilegítimo, tudo é feito para facilitar os lucros do capital internacional, vale sempre repetir.
Enquanto isso, o resultado de uma pesquisa do IBGE coloca em cheque o que os defensores do atual modelo econômico colocam em prática. A pesquisa mostra que pelo segundo ano consecutivo o Brasil registrou, em 2015, saldo negativo de empresas formais. Trocando em miúdos, 708,6 mil empresas novas entraram no mercado, enquanto 713,6 mil foram fechadas. Isso significa que tal fato provocou um recuo de 3,9% no número de pessoas ocupadas no mercado formal de trabalho e queda de 4,5% no pessoal ocupado assalariado. Ou seja, 1 milhão e 600 mil pessoas perderam postos de trabalho por conta do fechamento de empresas.
Mas diariamente aparece o ministro da Fazenda e aposentado do Banco de Boston, Henrique Meirelles, acompanhado dos colunistas de sempre, para afirmar que o Brasil está “entrando nos trilhos”. Tal afirmação é repetida quase diariamente pela figura perniciosa de Michel Temer.
O ocupante indevido do Palácio do Planalto aproveita o embalo para acionar a sua base aliada na Câmara dos Deputados, utilizando argumentos que não se sustentam com o objetivo de mais uma vez impedir que seja investigado pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Temer se reúne diariamente com dezenas de deputados no Palácio para garantir que governará o país até o fim do mandato, em 31 de dezembro de 2018.
E assim caminha o Brasil nos dias atuais, como acontece desde o ano passado, recuando no tempo até voltar a ser o que era antes de 1930, ou seja, uma mera colônia.
Edição: Vivian Virissimo