As celebrações em homenagem ao meio século da morte de Ernesto "Che" Guevara começaram neste domingo (8), em Cuba. A cerimônia foi realizada no mausoléu que abriga os restos mortais de Che, na cidade de Santa Clara, região central do país. No mesmo local, o revolucionário ganhou uma batalha decisiva contra as tropas do ditador Fulgencio Batista, em 1967.
O ato político contou com a presença do presidente Raúl Castro. Ele não discursou mas foi vestido de uniforme militar e depositou uma rosa branca sobre o mausoléu, num gesto simbólico. Já o primeiro vice-presidente de Cuba, Miguel Díaz-Canel, descreveu Che como um "modelo de homem altruísta" e "excepcional revolucionário".
Ernesto "Che" Guevara, foi uma figura emblemática da Revolução Cubana, assassinado em 9 de outubro de 1967 pela CIA, o serviço de inteligência do governo dos Estados Unidos, depois de ser ferido em batalha.
As homenagens a Che também estão acontecendo na Bolívia, no vilarejo de La Higuera, onde o guerrilheiro foi executado. Os quatro filhos de Che - Aleida, Celia, Camilo e Ernesto formaram uma comitiva para participar das celebrações no país. Eles partiram de Cuba no último sábado (7).
O comandante Ramiro Valdés, que era próximo a Che em sua campanha militar em Cuba lidera a comitiva. Também compõe o grupo dois militares cubanos sobreviventes da guerrilha boliviana, assim como o presidente da Bolívia Evo Morales, o presidente do Equador Lenín Moreno, e a ex-presidenta da Argentina, Cristina Kirchner.
No domingo (8), a comitiva percorreu em marcha as trilhas que a guerrilha de Che realizou antes de sua captura. Nesta segunda-feira (9), milhares de pessoas se reúnem junto às lideranças da esquerda na cidade boliviana de Vallegrande, para um grande ato em homenagem ao guerrilheiro.
Edição: Camila Salmazio