A Caixa Econômica Federal (CEF) e o Banco do Brasil foram abraçados de forma simbólica hoje (19), no centro de Curitiba, pelas organizações que participam da “Jornada de Lutas em Defesa da Soberania Nacional e das Empresas Estatais”, que ocorre de 16 a 20 de outubro, no Paraná e em vários estados.
A ideia do ato, realizado em duas unidades da CEF e uma do Banco do Brasil na capital, é apontar os bancos públicos como ferramenta de investimentos, para os trabalhadores do campo e da cidade.
“Os bancos estatais, por exemplo, atuam como reguladores do mercado nas taxas de serviço e até mesmo nos juros, isso sem contar o financiamento de programas sociais como o Minha Casa Minha Vida e na área da agricultura, sobretudo, a familiar”, avalia uma das coordenadoras da Frente Brasil Popular, Regina Cruz.
Já Márcio Kieller, trabalhador bancário e dirigente da Central Única dos Trabalhadores (CUT-PR), avalia que é preciso barrar a tentativa de privatização, o que é um tema para toda a sociedade.
“Por todo esse papel no desenvolvimento social e econômico do Brasil não podemos admitir que os bancos públicos sejam privatizados. Mas também, por esse mesmo motivo, essa luta não é de uma categoria. Mas sim de toda a população brasileira”, diz.
No Banco do Brasil, por exemplo, há um sucateamento na gestão iniciado em novembro de 2016. Já na Caixa os trabalhadores encontram-se em situação de sobrecarga e precarização no trabalho, informam os dirigentes sindicais.
Solidariedade de outras categorias
A manifestação não reuniu somente trabalhadores do setor bancário ou diretamente interessados. Servidores públicos e professores participaram, no contexto de que empresas e serviço público passam por um desmonte durante o governo Temer.
Para Hermes Leão, presidente do Sindicato dos trabalhadores em educação pública do Paraná, “O direito ao acesso às universidades, assim como a merenda e a alimentação escolar, vieram inclusive com o incentivo desses bancos”, defende.
Edição: Ednubia Ghisi