Cerca de 600 manifestantes ocupam o prédio da Prefeitura Municipal de Parauapebas, cidade localizada na região sudeste do Pará. A ação ocorre nesta terça-feira (24) e conta com a mobilização de movimentos populares, sindicais e associações de bairros locais. O objetivo do ato, segundo o dirigente estadual do Movimento pela Soberania Popular Frente à Mineração (MAM) Evaldo Fideles, é reivindicar novas frentes de emprego e renda para o município.
"Hoje, Parauapebas se encontra com 40 mil a 50 mil desempregados, e isso é um caos social. A sociedade está passando por problemas, visto que não há políticas públicas nem outras frentes de trabalho, ou se quer outra matrizes econômicas", argumenta.
Durante a ocupação do prédio, a Polícia Militar e a Civil chegaram ao local e informaram ao dirigente estadual do MAM que ele deveria comparecer à 20ª Seccional da Polícia Civil para prestar esclarecimentos. A acusação era de que Fideles estaria estimulando a depredação do prédio público. No entanto, segundo o militante, os policias puderam verificar as dependências do edifício, que estava intacto.
"Os investigadores que vieram para dialogar comigo e me conduzir até a delegacia viram que, in loco, não havia nenhum de tipo de irregularidade, que a ordem estava sendo mantida, o direito de ir e vir estava sendo mantido, e que nós estávamos de fato nos manifestando dentro de um ato democrático, que a Constituição nos permite, que é reivindicar aquilo que é nosso por direito", afirmou.
Após as informações prestadas, Fidelis foi liberado.
Segundo o militante, as pautas de reivindicação estavam sendo negociadas por meio de uma comissão com a Prefeitura, e até o final do dia aguardavam a conclusão da pauta. Até o fechamento desta matéria não há previsão de desocupação do prédio.
A Polícia Civil, por meio de nota de sua assessoria, afirmou que não foi aberto processo contra o dirigente.
A reportagem do Brasil de Fato ligou para os telefones fixos informados no site da Prefeitura para falar com a assessoria de comunicação, mas foi informado que o horário de expediente já havia encerrado às 14h.
Edição: Vivian Neves Fernandes