África

Somália: atentado em Mogadíscio deixa 27 mortos

Situação ocorre duas semanas depois que 358 pessoas morreram somali na capital em decorrência da explosões

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Outros atentados já aconteceram no país africano no mês de outubro
Outros atentados já aconteceram no país africano no mês de outubro - Divulgação

A polícia da Somália encerrou na madrugada deste domingo (29) um ataque terrorista no hotel Nasa-Hablod em Mogadíscio, capital do país. Ao todo, 27 pessoas e outros cinco terroristas morreram na maior das três ações reivindicadas pelo grupo Al-Shabaab.

De acordo com o chefe da polícia local, Mohamed Hussein, dois extremistas foram presos, mas há o temor de que alguns dos jihadistas tenham conseguido fugir disfarçados com roupas de policiais. Próximo ao Nasa-Hablod, outras duas explosões foram registradas.

A ação no hotel começou na tarde deste sábado (28) quando um carro-bomba destruiu a entrada do estabelecimento. Pouco depois, um grupo armado entrou no hotel e fez cerca de 30 pessoas - entre hóspedes e funcionários - reféns. Eles foram libertados pelos agentes horas depois do início do atentado.

O número de vítimas mortais pode continuar aumentando nas próximas horas devido ao grande número de feridos em estado grave.

Entre os mortos se encontram alguns funcionários e políticos do país, entre eles um deputado e um conselheiro do governo regional do Estado Sudoeste, enquanto o ministro de Água e Eletricidade do Executivo nacional, Madoobe Nunow Mohammed, sobreviveu após ser resgatado pelas forças de segurança.

Este ato terrorista ocorre apenas duas semanas depois que 358 pessoas morreram na capital somali em decorrência da explosão de dois caminhões-bomba, no pior atentado da história do país, que levou o governo a declarar o estado de guerra.

O Executivo somali assegurou estar preparado para lançar ataques militares contra Al Shabab, apesar da baixa capacidade militar e da agitação política que o país vive neste momento.

Segundo analistas locais, os problemas internos do governo e seu distanciamento da cúpula do exército permitiram ao grupo jihadista recuperar sua capacidade de cometer atentados em grande escala.

Al Shabab, que filiou-se em 2012 à rede internacional da Al Qaeda, controla parte do território no centro e no sul do país e pretende instaurar um Estado islâmico radical na Somália. 

(*) Com informações da Agência EFE e Ansa.

Edição: Opera Mundi