Democracia

Ex-guerrilheiro das Farc será candidato à Presidência da Colômbia

Rodrigo Londoño Echeverri, conhecido como Timochenko, disputará eleições em 2018 por partido também de nome Farc

Brasil de Fato | Brasília (DF) |
Londoño (ao centro), conhecido como “Timochenko”, durante as negociações de paz ocorridas em Cuba durante 2016
Londoño (ao centro), conhecido como “Timochenko”, durante as negociações de paz ocorridas em Cuba durante 2016 - Yenny Muñoa/CubaMINREX/Fotos Públicas

O partido Força Alternativa Revolucionária do Comum (Farc), partido eleitoral criado pelas Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia no processo de paz, terá candidatura própria nas eleições presidenciais de 2018. O candidato será Rodrigo Londoño Echeverri, principal líder da guerrilha, conforme anúncio público realizado nessa quarta-feira (1).

A candidatura de Londoño, conhecido como "Timochenko", foi anunciada em Bogotá, capital colombiana, por Iván Márquez, segundo posto no comando da antiga guerrilha. Márquez afirmou que a agremiação estará "totalmente na disputa política de 2018, com candidatos próprios para a Presidência e para o Congresso da República".

A economista Imelda Daza, integrante do movimento Vozes da Paz, que tem ligações com a ex-guerrilha, será a candidata a vice-presidenta na chapa.

Timochenko se encontra em Cuba, onde passa por um tratamento para se recuperar de um acidente vascular cerebral.

A eleição presidencial ocorrerá em maio de 2018. 

Legislativo

O partido Farc também lançará candidatos ao Senado e à Câmara que, caso eleitos, se somarão às dez cadeiras fixas que a legenda terá nos próximos oito anos, como determinaram as negociações do processo de paz. As eleições legislativas devem ocorrer em março de 2018.

"Damos passagem à luta política legal num contexto em que as grandes maiorias do país esperam virar definitivamente a página da guerra, com os acordos de paz", disse também Márquez, que colocou a necessidade de que os termos do compromisso firmado entre o governo colombiano e a guerrilha sejam respeitados para que o processo se consolide.

*Com informações do Deutsche Welle.

Edição: Vivian Neves Fernandes