O presidente da Catalunha deposto pelo governo espanhol de Mariano Rajoy, Carles Puigdemont, pode ser detido em Bruxelas, na Bélgica, junto a quatro membros da delegação catalã, em função de um pedido feito pela Procuradoria Geral espanhola, nesta quinta-feira (02).
O Ministério Público formulou o pedido de prisão preventiva devido a supostos delitos que se imputam aos ex-membros do governo catalão, em função da participação destes na declaração unilateral de independência da Catalunha, aprovada na última semana pelo Parlamento local.
Das 14 pessoas intimadas pela juíza do caso, Carmen Lamela, nove compareceram à audiência, e outros cinco, entre eles Puigdemont, ficaram na Bélgica, para onde viajaram no último final de semana.
Atualmente, a ordem de prisão preventiva está nas mãos de Lamela, mas até o momento não veio a público sua decisão.
O pedido de detenção contra Puigdemont foi feito com base em investigação que aponta delitos como rebelião, sublevação e malversação de fundos públicos, que se somam à ausência diante da Audiência Nacional da Espanha, nesta quinta (2).
O advogado de defesa de Puigdemont declarou que o "juiz de instrução não tem porque detê-lo [o presidente catalão], e também pode deixá-lo em liberdade, baixo certas condições, e eu mesmo tratarei de conduzir o caso por caminhos alternativos".
Em Bruxelas, junto ao mandatário catalão deposto, se encontram quatro membros do antigo governo – Toni Comin, Meritxell Serret, Clara Ponsatí e Lluís Puig –, que também podem ser detidos caso a juíza assim decida.
Edição: Telesur | Tradução: Vivian Neves Fernandes