Estados Unidos de Trump e Israel de Benjamin Netanyahu votaram pelo bloqueio
Mais uma vez nas Nações Unidas foi aprovada, por 191 votos contra dois, uma condenação ao criminoso bloqueio dos Estados Unidos a Cuba, que está em vigor desde 1962 e já provocou prejuízos de mais de 130 bilhões de dólares. Desta vez, ao contrário do ano passado não houve abstenções. Estados Unidos de Donald Trump e Israel do capacho de Washington Benjamin Netanyahu votaram a favor da continuidade do bloqueio.
Aliás, é impressionante o grau de atrelamento israelense aos Estados Unidos, em uma demonstração concreta de servilismo, que não vem de hoje. É até histórico e já passou por várias guerras na região, sempre relacionados com os mesmos pretextos mentirosos como a vitimização de Israel.
Quanto ao bloqueio propriamente dito, trata-se de fato de uma medida genocida e que só é apoiada, mesmo internamente nos EUA, por setores extremistas que ainda imaginam serem donos do mundo. Estão associados aos extremistas cubanos que vivem em Miami, que por sinal contam em manifestações com o apoio do lobie sionista, da mesma forma extremado.
E porque considerar tal medida condenada pelo mundo afora como genocida? É que as perdas de todos os tipos sofridas pelo povo cubano poderiam ser revestidas à melhoria de condições de vida e evitado inclusive mortes de inocentes. O montante resultante do prejuízo do bloqueio poderia ser aplicado em investimentos que resultariam em benefícios para o povo. Mas Trump com o apoio de Israel prefere jogar em favor da morte do que da vida. É por esse ângulo que também pode ser explicado o bloqueio estadunidense, realmente uma excrescência da política internacional.
Por estas e outras, o mundo inteiro, com exceção dos dois países mencionados dirigidos por dirigentes extremistas, se posicionam contra o bloqueio que já perdura há 55 anos. Na verdade uma aberração aos princípios de defesa dos direitos humanos. Um argumento que sucessivos governos estadunidenses chegaram a levantar para justificar ações imperialistas.
Resta saber como agiria o governo dos Estados Unidos se Trump não conseguisse completar o mandato e for substituído por seu vice? É uma pergunta não tão difícil de ser respondida. Mesmo com o presidente anterior, Barack Obama, que levou os Estados Unidos a se abster na votação na ONU, o criminoso bloqueio seguiu adiante.
Por estas e outras, o fim do bloqueio genocida deve ser também defendido por norte-americanos que não compactuam com o crime. Ou seja, é necessário que internamente se intensifiquem as pressões de forma a se refletir na composição do Congresso que será eleito em novembro de 2018.
Uma falsa defesa da liberdade de expressão
A presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), ministra Cármen Lúcia, deu ganho de causa aos defensores da Escola Sem Partido, ao manter a decisão da Justiça que suspende a regra do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) que dá nota zero para a redação considerada desrespeitosa aos direitos humanos.
Trocando em miúdos, com o argumento de defender a liberdade de expressão, de agora em diante quem redigir nota ofensiva aos negros, defender os valores nazistas e até afirmar que o holocausto na II Guerra Mundial não existiu, entre outras barbaridades históricas, não vai ser repreendido, ou seja, não vai tirar zero.
Dessa forma, o torcedor racista que ofender algum jogador negro poderá fazê-lo em nome da liberdade de expressão? Poderá desrespeitar os direitos humanos numa boa. Dona Carmen Lúcia acha que fazendo isso se preserva a liberdade de expressão.
O Brasil de agora em diante segue o mesmo esquema dos Estados Unidos, onde bandeiras com suásticas e a apologia da supremacia branca podem circular livremente em nome da tal ”liberdade”.
A ministra Carmen Lúcia, de alguma forma, contribui para que a cidadania dos jovens, futuros universitários, seja impregnada pelo ódio racista e discriminação com os diferentes, que tantos males já produziu na história da humanidade, principalmente na vigência do nazifascismo.
Na verdade, é lamentável que alguns vestibulandos agora se sintam a vontade para desrespeitarem, como entenderem melhor, os direitos humanos. Pode-se imaginar, por exemplo, alguma redação no ENEM fazendo a apologia da tortura praticada durante a ditadura civil militar que vigorou no Brasil por 21 anos. O deputado Jair Bolsonaro teve o direito, em nome da liberdade de expressão, de elogiar o torturador militar Brilhante Ustra na sessão que aprovou na Câmara o impedimento da Presidenta eleita Dilma Rousseff? O que teria a dizer sobre isso a Ministra Carmen Lúcia? .
Não se exclui também o vestibulando defendendo o decreto do golpista Michel Temer que na prática favorece o patronato que realiza o trabalho escravo. Em suma, vale tudo que provoca o desrespeito aos direitos humanos em nome de uma pretensa liberdade de expressão.
Seria produtivo avisar a Ministra Carmen Lúcia que os verdadeiros defensores da liberdade de expressão não compactuam com essa falácia criminosa. Quem sai mal é a própria Ministra e a instância máxima da Justiça brasileira, o Supremo Tribunal Federal (STF). Podem crer.
Com esse tipo de decisão, os jovens são também prejudicados, pois perdem uma grande oportunidade de aprofundar o tema sobre direitos humanos.
O Brasil, na realidade, não merece esse tipo de decisão que remete a uma mentalidade colonizada que tanto mal já provocou no mundo.
Edição: Brasil de Fato RJ