Bahia, Paraíba, Distrito Federal, Maranhão, Alagoas, Pernambuco e Ceará são alguns dos estados que estão com atividades neste Dia de Luta contra as Reformas Trabalhista e da Previdência. As manifestações começaram na manhã desta sexta-feira (10) e se estendem até o final do dia. As ações são organizadas por movimentos populares e centrais sindicais.
Em Maceió (AL), a paralisação é na porta da empresa petroquímica Braskem e a passeata no Centro da cidade reúne mais de 5 mil pessoas. Em Salvador (BA), os rodoviários paralisam a estação de metrô da Lapa. Em Fortaleza (CE), 20 mil trabalhadoras e trabalhadores se concentram na Praça da Bandeira. Em São Luiz (MA), a mobilização conta com indígenas, sem-terra, quilombolas e trabalhadores urbanos.
Em Brasília (DF), os manifestantes estão confiantes no poder popular nas ruas, como aponta Victor Frota da Silva, diretor do Sindicato dos Urbanitários do Distrito Federal. Ele afirma que a reforma trabalhista representa um retrocesso nas conquistas dos trabalhadores: "O governo Temer fez essa reforma trabalhista. Mais uma reforma que retira direitos do povo conquistados depois de muitas décadas de luta como é o caso da CLT".
No Recife (PE), Aristides Veras, presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag), acredita que os efeitos da reforma trabalhista no campo serão ainda mais devastadores do que nas cidades.
"As consequências são o aumento do trabalho escravo, o aumento da violência no campo, a precarização do trabalho, a perda de renda do trabalhadores e o aumento dos conflitos", diz.
Paraná, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Pará e Rio Grande do Norte também são estados onde as centrais sindicais e os movimentos populares realizam mobilizações. Em São Paulo, um ato pela manhã reuniu cerca de 20 mil pessoas na Praça da Sé.
Já nas redes sociais, a hashtag #derrubareforma está entre as mais comentadas nesta sexta-feira (10):
80% dos brasileiros estão doidos pra botar pra correr os parlamentares nobres que aprovam ataques aos trabalhadores. Ou #DerrubaReforma ou derrubamos vocês.— Tiago Franco (@cenossaum) November 10, 2017
Edição: Vivian Fernandes