Energia

Trabalhadores da Bahia denunciam prejuízos da privatização da Chesf

Venda da Eletrobras resultará em aumento da tarifa e fim do programa Luz para todos, afirmam sindicatos e movimentos

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Movimentos criaram uma agenda de mobilizações em audiência pública realizada nesta quinta-feira (9), em Salvador
Movimentos criaram uma agenda de mobilizações em audiência pública realizada nesta quinta-feira (9), em Salvador - TVT/ Reprodução

Movimentos sociais e sindicais preparam atos, a partir desta sexta-feira (10), em Salvador, contra a privatização da Companhia Hidrelétrica do São Francisco (Chesf), subsidiária da Eletrobras – maior geradora de energia elétrica do país. A agenda de mobilizações foi construída em audiência pública realizada nesta quinta-feira (9).

Cristina Brito, do Sindicato dos Eletricitários da Bahia, afirma que a venda da Chesf terá consequências para os funcionários da empresa. "Com a privatização da Chesf, não haverá trabalhadores próprios, terá redução do quadro de funcionários e se reduzirá o investimento no estado", afirma, em entrevista à TVT.

Paulo de Tarso, integrante do Confederação Nacional dos Urbanitários, lamenta que a privatização da hidrelétrica vai acabar com o programa Luz Para Todos. "O setor privado vai aumentar o preço da tarifa de energia e vai diminuir o acesso a ela, ou seja, o programa Luz Para Todos vai deixar de desistir, porque a luz vai passar a ser de poucos. É uma tristeza o governo brasileiro entregar o setor de energia."

Já Moisés Borges, do Movimento Atingidos por Barragens (MAB), afirma que as pessoas que moram nas redondezas das obras também sofrerão com a privatização da Eletrobras. "Para nós, tratar com uma estatal os problemas sociais e ambientais criados através da construção de obra, tem um peso diferente, uma outra visão de desenvolvimento, diferente das empresas privadas que miram o atingido como parte do lucro."

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Edição: Rede Brasil Atual