As centrais sindicais suspenderam a greve nacional que estava sendo organizada para a próxima terça-feira (5), diante do cancelamento da votação da Reforma da Previdência, que aconteceria no dia seguinte, 6 de dezembro. A Frente Brasil Popular (FBP), que convocou protestos de apoio à greve nacional, ainda mantém as mobilizações marcadas para a data.
Representantes das seis centrais sindicais envolvidas na mobilização - a Central Única dos Trabalhadores (CUT), a Força Sindical, a União Geral dos Trabalhadores (UGT), a Nova Central, a Central dos Sindicatos Brasileiros (CSB) e a Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB) - divulgaram a informação na manhã desta sexta-feira (1).
Em nota, as centrais ressaltaram que a "pressão do movimento sindical foi fundamental para o cancelamento da votação da Reforma da Previdência", e que, por esse motivo, continuarão mobilizados e em estado de alerta de greve.
O adiamento da votação foi anunciado na noite da quinta-feira (30) pelo presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ). O deputado, envolvido na articulação para conseguir mais votos para a aprovação da reforma da Previdência, disse que a conta ainda não fechou, pois são necessários pelo menos 308 votos.
Em entrevista coletiva realizada em São Paulo, Maia destacou que, caso o governo consiga o número necessário de votos, a reforma será votada ainda neste ano. Caso contrário, a medida será votada apenas no próximo ano. "Eu não posso dar data porque não tem voto, só vou marcar a data se nós tivermos os votos, e falta muito voto", afirmou.
O líder do governo na Câmara, Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), afirmou, nesta quarta-feira (29), que o prazo limite para votar a reforma da Previdência neste ano é o dia 15 de dezembro, penúltima semana de trabalhos no Congresso, uma vez que os últimos dias de sessões no Legislativo serão dedicados à votação do Orçamento de 2018.
Edição: Simone Freire