Mobilização

Em repúdio à ação da PF na UFMG, ato é chamado contra "estado de exceção"

Professores, alunos, deputados federais, vereadores e entidades se mobilizam em frente ao prédio da Polícia Federal

Brasil de Fato | São Paulo (SP) |
A Frente Brasil Popular (FPB) e algumas universidades divulgaram nota de repúdio à PF e apoio aos conduzidos.
A Frente Brasil Popular (FPB) e algumas universidades divulgaram nota de repúdio à PF e apoio aos conduzidos. - Reprodução/UFMG

Em protesto à ação da Polícia Federal, que conduziu coercitivamente três reitores e ex-reitores que estavam dentro da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), professores, alunos, deputados federais, vereadores e entidades organizam uma mobilização em frente ao Sindicato dos Jornalistas de Belo Horizonte, nesta quarta-feira (6), às 20h.

O ato foi chamado em defesa da universidade, contra o momento que chamam de "estado de exceção" e em solidariedade ao conduzidos pela PF: o reitor Jayme Ramirez, a vice-reitora, Sandra Goulart, o ex-reitor, Clélio Campolina, a ex-vice-reitora, Heloisa Starling.

O caso

A operação denominada de “Esperança Equilibrista” apura desvios de recursos públicos para a construção e implantação do Memorial da Anistia Política do Brasil, aprovado em 2009, na gestão anterior da reitoria.  

Ativistas apontam que a condução coercitiva não se justifica legalmente. Professores da UFMG, ex-alunos e atuais alunos, também fizeram um protesto na manhã desta quarta-feira (6), na sede da Polícia Federal (PF), no bairro Gutierrez, na região Oeste de Belo Horizonte.

A Frente Brasil Popular (FPB) e algumas universidades divulgaram nota de repúdio à PF e apoio aos conduzidos.

Em sua nota, a FPB disse que a PF, "a atual direção da Polícia Federal indicada pelo governo do golpe preserva os corruptos e persegue os honestos. A atual operação, conduzida pela PF com apoio de Ministério e da CGU do atual governo federal, tem claro objetivo de desmoralizar a universidade pública, o pensamento crítico, a educação e a pesquisa acadêmica brasileira".

Já a PF afirma que, do total repassado à UFMG, quase R$ 4 milhões teriam sido desviados por meio de fraudes em pagamentos realizados pela Fundação de Desenvolvimento da Pesquisa (FUNDEP), que foi contratada para pesquisas de conteúdo e produção de material para a exposição do memorial.

Edição: Simone Freire