2017, foi um ano importante de resistência e de reposicionamento da classe trabalhadora, como classe, no direcionamento de combate ao projeto da classe dominante, alterando a correlação de força política, em relação ao que foi o ano de 2016.
Neste período de golpes, contra o estado democrático de diretos, depuseram a presidenta democraticamente eleita, constituíram um governo golpista e de traidores para aplicar e concluir o receituário neoliberal, iniciado em 1994 pelo entreguista FHC, e interrompido parcialmente em 2003 com a eleição de Lula para presidente. Como tarefa do golpe, estão aplicando o receituário determinado pelo centro do capital sob a orientação do império norte americano.
O Ano de 2017 foi um ano das muitas maldades contra o povo, João Pedro Stédile em mensagem de Natal divulgada na página do MST aponta os 10 piores acontecimentos de 2017. Mas também foi um ano de Vitorias importantes como: O povo da Venezuela derrotou a direita reacionária nas ruas; vitória da China tomando uma posição determinante na correlação de forças internacionais; papel do papa Francisco questionando as Maldades do Capital; a determinação da convocação da assembleia mundial dos Movimentos Sociais, convocada para Caracas.
Para 2018 os desafios são muitos, mas podemos antecipar que vai ser um ano de muitas lutas. Como disse o monge beneditino Marcelo Barros, no ato em defesa do São Francisco em Petrolândia “Para 2018, não precisamos de muito, a não ser, nos preparar para muitas lutas”.
Algumas batalhas e desafios já estão pré determinada como: Iniciar o ano defendendo Lula contra a determinação dos golpistas e seus aliados que querem condena-lo e impedir que ele possa disputar as eleições presidenciais de 2018; transformar as eleições de 2018, como tática na luta de classe, com objetivo de derrotar o golpe e defender um programa de governo, que convoque um referendo popular para revogar todas as medidas adotadas pelo golpe; realização das caravanas em defesa da democracia e a construção do congresso do povo com congressos municipais, estaduais e concluir com um histórico congresso de todo o povo em uma grande convocação para lutar contra o golpe e construir o projeto popular para o Brasil.
Que possamos entrar em 2018, afinados politicamente, unificado taticamente e com muita disposição pra resistir e lutar!
Que venha 2018. Já estamos à postos!
Jaime Amorim é Dirigente Nacional do MST
Edição: Monyse Ravena