O presidente do Zimbábue, Emmerson Mnangagwa, anunciou nesta quinta-feira (18/01) que irá convocar eleições para daqui “quatro ou cinco meses”.
“Nós garantiremos que o Zimbábue entregue eleições livres, credíveis, justas e incontestáveis para assegurar que o Zimbábue envolva o mundo como um estado democrático”, afirmou o presidente.
Manangagwa, durante décadas foi o braço direito do ex-presidente Robert Mugabe, que ficou no poder durante mais de 30 anos.
De acordo com a constituição do país, o Zimbábue deve realizar eleições entre 22 de julho e 22 de agosto, mas o Parlamento pode se dissolver para antecipar as eleições. O partido do atual presidente possui dois terços do Parlamento, tornando possível a antecipação.
Renúncia de Mugabe
O presidente do Zimbábue, Robert Mugabe, renunciou em novembro do ano passado. O agora ex-presidente vinha recusando pedidos de renúncia após a crise política causada pela intervenção militar, onde ele e sua família – incluindo sua esposa Grace Mugabe, então cotada para substituí-lo – foram mantidos em custódia.
A intensificação do movimento que pedia a renúncia ocorreu após o provável sucessor de Mugabe, Emmerson Mnangagwa, quebrar o silêncio e pedir que Mugabe “aceitasse a vontade das pessoas” e renunciasse.
Mnangagwa, que se manteve afastado do país durante os últimos meses de Mugabe no poder, havia afirmado que voltaria ao país “assim que prevalecerem as condições corretas de segurança e estabilidade”. Mnangagwa voltou ao Zimbábue após a renúncia de Mugabe, assumindo a presidência do país.
Edição: Opera Mundi