A Praça das Artes, no campus Ondina, da Universidade Federal da Bahia (UFBA), em Salvador, já é conhecida por reunir universitários diariamente e possibilitar trocas de experiências e diálogo entre pessoas diversas. Nesta quinta (25) e sexta-feira (26), a juventude está reunida para debater e propor rumos na luta em defesa das universidades públicas e da democracia.
Com centenas de inscritos, o Encontro de Estudantes Em Defesa da Universidade Pública da Universidade Federal da Bahia (UFBA) é organizado pelo DCE da UFBA, União Nacional dos Estudantes (UNE) e União dos Estudantes da Bahia (UEB). A programação é composta por debates, mesas temáticas, oficinas e apresentações culturais. O lema “O POVO É CHAVE, ABRAM OS PORTÕES” reafirma e atualiza a luta já travada há décadas por essa parcela da população. Na carta- manifesto, afirma-se: “indicamos que a saída desse cenário tenebroso é cada vez mais a organização coletiva dos estudantes em torno da resolução dos problemas coletivos que a Universidade nos coloca todos os dias, ou seja, a organização dos estudantes em torno de um projeto de transformação da sociedade, em que o povo organizado é a chave para construção de uma educação libertadora, de uma Universidade pública, gratuita e de qualidade, e de um Brasil justo”.
Caroline Anice, coordenadora geral do DCE da UFBA, reforça a importância e necessidade do encontro: “É um espaço que aglutina a juventude da universidade e a de esquerda para debater qual é o cenário que a gente está vivendo enquanto jovens, nosso papel na defesa de um projeto de universidade popular, de uma educação popular. O que o evento propõe é conseguir organizar a juventude da universidade pra pautar ações nos próximos tempos, para que a gente consiga está em unidade e construir uma agenda de lutas”.
No começo da noite da quinta-feira (25), a mística que abriu o espaço de pré-lançamento da UNE Volante reforçou que é preciso “estar atento e forte”. A UNE VOLANTE foi uma experiência construída nos anos antecedentes à Ditadura Militar e, como nos explica o diretor de Combate ao Racismo da UNE, Elder Reis, “consistia em diretores e militantes que construíam a entidade, rodarem as universidades do Brasil inteiro, fazendo grandes mobilizações e debates com os estudantes, atrelando pautas locais e nacionais, com o objetivo de fortalecer a luta estudantil”.
Levando em consideração a conjuntura, Elder Reis observa que o projeto está sendo reeditado por entenderem que é preciso fazer grandes mobilizações e lutas massivas na sociedade. Com o mote “UNE VOLANTE: Uma universidade chamada Brasil”, a ação começa em março e segue até junho deste ano. “Pensar a universidade pública e defendê-la é também defender o país”, conclui.
Edição: Jamile Araújo