Um creme desenvolvido à base de jucá, planta nativa da Amazônia, usada por ribeirinhos na forma de chá para diversas enfermidades, pode ser uma alternativa complementar ao tratamento da Leishmaniose.
A doença, transmitida ao homem pela picada das fêmeas infectadas de insetos conhecidos como mosquito-palha, causa constrangimento e exclusão social, uma vez que se manifesta com feridas pelo corpo. Os pacientes vinham sendo tratados com injeções que, além de doloridas, trazem efeitos colaterais.
O gel fitoterápico elaborado a partir do extrato do jucá mostrou, em testes de laboratório com roedores, atividade antiinflamatória, analgésica e antimicrobinana. A constatação foi feita por pesquisadores do INPA, Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia.
De acordo com a professora Claudia Dantas, que integra a equipe, os resultados são animadores. A pesquisadora disse ainda que, depois dos testes da emulsão em humanos, a próxima etapa do projeto, já com pedido de patente em fase de preparação, será a busca de parcerias para viabilizar a produção do fitoterápico em escala industrial.
Edição: Radioagência