O presidente venezuelano, Nicolás Maduro, anunciou uma reconversão do valor do bolívar, a moeda nacional. Com três zeros a menos, o bolívar passará a circular com novas notas a partir de 4 de junho. Dessa maneira, as atuais cédulas saem de circulação nesta mesma data.
Com a economia pressionada pela crise, além do bloqueio econômico e da especulação, a inflação disparou nos últimos meses no país, levando a uma desvalorização do bolívar. Maduro afirmou que a medida visa “facilitar as transações monetárias das atividades comerciais do nosso povo”.
Devido à desvalorização do bolívar e o alto valor dos produtos, o papel-moeda não tem sido suficiente para atender às necessidades comerciais da Venezuela. Com a escassez das cédulas, a maior parte dos pagamentos são feitos por meio do cartão de débito ou crédito e transferência bancária.
No entanto, alguns serviços são pagos apenas em dinheiro, como é o caso dos táxis, passagens de ônibus urbanos e intermunicipais, metrô, telefonia celular pré-paga, entre outros. A falta do papel-moeda afeta o dia a dia dos venezuelanos e piora a situação de crise em que se encontra o país.
Petro à venda
Depois do período de 30 dias de pré-venda, a nova moeda virtual venezuelana, o petro, começou a ser vendido de forma oficial, a partir de sexta-feira (23).
“Na pré-venda, a moeda recebeu 200 intenções de compra provenientes de 133 países, por um montante de US$ 5 bilhões”, informou o presidente Nicolás Maduro.
O mandatário destacou ainda que investidores de todo o mundo manifestaram intenção em investir na criptomoeda venezuelana. A maioria dos investidores interessados são da Colômbia, Espanha, Estados Unidos, México, Argentina, Peru, Turquia, Alemanha, Rússia, Brasil, Itália, Chile, China e Equador.
Para mais informações sobre a nova moeda virtual venezuelana, acesse a página oficial do petro.
Edição: Mauro Ramos