O mundo político reagiu fortemente à ordem de prisão do ex-presidente Lula (PT), decretada nesta quinta-feira (5) pelo juiz Sérgio Moro, da 13ª Vara da Justiça Federal em Curitiba (PR).
O líder da bancada do PT no Senado, Lindbergh Farias (RJ), classificou a iniciativa como um “escândalo” e disse que a prisão é “ilegal”.
“Nós não aceitamos essa prisão. Rasgaram a Constituição, rasgaram a cláusula pétrea da Constituição”, completou, em referência ao Artigo 5º da Carta Magna.
Segundo o texto, ninguém pode ser considerado culpado antes do trânsito em julgado, ou seja, antes de uma decisão judicial definitiva.
A deputada federal Jandira Feghali (PCdoB-RJ) destacou o fato de o magistrado não ter aguardado a conclusão do prazo dos recursos ainda cabíveis à defesa junto ao Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4), em Porto Alegre.
“É um arbítrio, uma absoluta violência, e o povo brasileiro não aceitará isso”, salientou.
O líder da minoria na Câmara Federal, deputado José Guimarães (PT-CE), disse que a ordem de prisão é “mais uma injustiça” contra o petista. Ele também destacou a importância da mobilização popular diante do ocorrido.
“O nosso caminho agora é a luta, a mobilização. Ocupemos as ruas pra defender a democracia e o Estado democrático de direito”, exaltou.
Parlamentares do Psol, um dos principais partidos da esquerda, também se manifestaram contra a prisão. O presidente nacional do partido, Juliano Medeiros, destacou que a medida teria fins políticos, com o objetivo de inviabilizar a candidatura de Lula nas eleições presidenciais deste ano.
Ele disse ainda que a prisão do ex-presidente representa mais um duro golpe contra a democracia e que teria o propósito de calar aqueles que denunciam o golpe parlamentar de 2016, que depôs a presidenta Dilma Rousseff (PT).
Edição: Katarine Flor