O sábado no qual completa-se 1 mês do assassinato da vereadora do Rio de Janeiro, Marielle Franco (PSOL), e de seu motorista, Anderson Gomes, amanheceu em luta. Dezenas de atos aconteceram em pelo menos três continentes: nas Américas, Europa e África. Em mapa colaborativo, organizado pelo site do mandato da vereadora (veja abaixo), foram registrados eventos em 15 países. No Brasil, as atividades alcançaram, pelo menos, 16 estados. Na cidade do Rio de Janeiro, 45 atos foram planejados nas zonas Sul, Norte, Oeste e Centro.
No Largo do Machado, no Rio de Janeiro, o vereador Tarcísio Motta (PSOL) afirmou, em transmissão ao vivo, que amanhecer por Marielle significa dizer para os seus algozes que as pautas dela seguirão firmes. “Acordar hoje, quando se completa um mês, e reafirmar que nós não nos calaremos, é muito importante. E esse nós é o nós da militância do PSOL, que está em maioria aqui, mas é o nós de muitas outras militâncias, de muitas outras pessoas que hoje estão mundo afora dizendo a mesma coisa: Marielle vive, vive nas ideias, vive nas pautas, vive nas pessoas. E aqueles covardes que planejaram isso não terão sossego se pensaram que iam calar essas ideias e essas vozes. Essa é a perspectiva do Amanhecer hoje”, disse.
A colaboradora da mandata coletiva de Marielle – forma como a vereadora nomeava a militância em torno de seu gabinete - Rogeria Peixinho esteve pela manhã na região de Santa Tereza. Em entrevista ao programa de rádio Brasil de Fato – edição Rio de Janeiro, na manhã deste sábado, ela afirmou que atividades foram realizadas em distintos locais do bairro, como no Largo do Curvelo, no Largo dos Guimarães, no Largo das Neves, no Morro da Coroa e no Morro dos Prazeres. “É um dia muito triste, um mês sem a nossa Mari, mas também o dia amanheceu florido, como a Marielle, amanheceu de luta, como a Marielle. Santa Tereza acordou lutando e gritando por justiça”, relatou.
Também em entrevista ao programa de rádio carioca do Brasil de Fato, a militante da saúde pública, Cinthia Teixeira, falou sobre a mobilização na praça Saens Peña, no bairro da Tijuca, na zona norte do Rio. “Fizemos oficina de cartazes pela madrugada, enfeitamos a praça com palavras de luta e de resistência do povo negro, contra a intervenção, contra a política de segurança pública, onde morrem civis e militares todos os dias. Nosso objetivo é dialogar com moradores dos bairros para nos fortalecer e tornar viva a luta dela [Marielle] por direitos humanos”, contou.
A partir das 17 horas acontecerá uma concentração nos Arcos da Lapa, de onde partirá uma marcha até o bairro do Estácio, local onde Marielle e Anderson foram assassinados.
Confira alguns registros dos atos Amanhecer por Marielle e Anderson em todo mundo:
Rio de Janeiro (RJ)
Edição: Diego Sartorato