Clima pacífico

Agressão contra integrantes do acampamento em Curitiba foi caso isolado

Coordenadores do acampamento e do MST esclarecem que não há clima de conflito ou insegurança na região

Brasil de Fato | Curitiba (PR) |
"Nosso único objetivo é defender o presidente Lula e tentar sair daqui com ele solto”, conta Joabe Mendes de Oliveira, liderança do MST
"Nosso único objetivo é defender o presidente Lula e tentar sair daqui com ele solto”, conta Joabe Mendes de Oliveira, liderança do MST - Mídia Ninja

A agressão contra integrantes do acampamento Lula Livre na última terça-feira (17) a noite foi um caso isolado de violência, informou o presidente do Partido dos Trabalhadores (PT) de Curitiba e integrante da coordenação do acampamento, André Machado. Os agressores se identificaram como torcedores do Cooritiba Foot Ball Club que naquela noite disputou uma partida contra o Atlético Goianense. Os manifestantes feridos já foram liberados pelo hospital e não tiveram lesões graves.

O incidente aconteceu no dia em que foi firmado um acordo com a Secretaria Municipal de Defesa Social e Trânsito de Curitiba, a Superintendência da Defesa Social e Procuradoria Geral do Município para que os acampados mudassem as estruturas de cozinha e as barracas para pernoite para um outro terreno, a cerca de três quadras de onde estavam. “Aquilo foi um caso isolado, tivemos pronunciamento da diretoria do clube e de outros torcedores dizendo que são contra a violência aos manifestantes”, afirma.

“Nós também reafirmamos que não temos objetivo de criar brigas com torcida ou com a sociedade. Nosso único objetivo é defender o presidente Lula e tentar sair daqui com ele solto” - Joabe Mendes de Oliveira, do MST

O coordenador do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), Joabe Mendes de Oliveira, conta que outros torcedores foram mais tarde ao local, no mesmo dia, para conversar e garantir que não são contra o acampamento. “Nós também reafirmamos que não temos objetivo de criar brigas com torcida ou com a sociedade. Nosso único objetivo é defender o presidente Lula e tentar sair daqui com ele solto”, conta.

André Machado conta que a agressão aconteceu durante o transporte das barracas para o outro terreno e que desde então a Polícia Militar está fazendo a segurança dos acampados, com rondas ao longo do dia e uma viatura em frente ao terreno durante a noite. “Não houveram outras agressões ou provocações. Quem já veio ao acampamento sabe que estamos organizados, mantendo a limpeza e a segurança do local”, afirma.

Posição da diretoria do Coritiba

Em nota oficial, a diretoria do Coritiba repudiou os atos de violência e afirmou que “o Coritiba e seu Conselho Administrativo não compactuam com qualquer tipo de agressão física, deliberada ou não, motivada ou não por fins ideológicos. A nossa bandeira e as nossas cores devem sempre significar tolerância e coexistência pacífica fora dos gramados”.


 

Edição: Ednubia Ghisi