O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva não pôde receber, nesta quinta (19), a visita do amigo e conselheiro espiritual Leonardo Boff, de 79 anos, e do argentino Adolfo Pérez Esquivel, 87 anos, ganhador do prêmio Nobel da Paz.
A Justiça não autorizou as duas visitas e o ex-presidente continua sob um tratamento de exceção e em isolamento na sede da Polícia Federal, em Curitiba.
O teólogo e escritor Leonardo Boff chegou a sentar em um banco ao lado da guarita da portaria da PF enquanto esperava por uma definição da Justiça. Essa iamgem foi registrada pelo fotógrafo Eduardo Matysiak.
Boff é um dos principais nomes da Teologia da Libertação da Igreja Católica e mundialmente reconhecido como defensor dos pobres e excluídos.
No acampamento Lula Livre, os dois intelectuais participaram de um ato político. "O Lula não pode desanimar, ele tem que saber que aqui fora estão vocês. Nos queremos Lula livre, vivo e servidor do povo brasileiro", disse Boff.
Sobre as manifestações populares de apoio ao ex-presidente, Boff afirmou que "nós temos que ter coragem de ocupar as ruas, de gritar e reclamar a sua libertação. Fazer com que ele seja candidato para desfazer as políticas impostas pelo governo Temer”.
Na noite de quarta-feira (18), Esquivel e Boff participaram de um evento na UFPR (Universidade Federal do Paraná) sobre democracia e Constituição, onde reforçaram o apoio a luta pela liberdade de Lula. Nesta sexta-feira (20), Esquivel tentará visitar o ex-presidente novamente.
Edição: Juca Guimarães