Dois anos após o Impeachment que derrubou a presidenta democraticamente eleita Dilma Rousseff, o ex-ministro da Educação, Renato Janine Ribeiro e a professora de História Contemporânea da USP Maria Aparecida Aquino analisam processo que deu início ao golpe que se instalou no país.
Aquino avalia que o impeachment teria acontecido com “qualquer outra pessoa que tivesse uma leitura progressista e de inclusão de uma parcela significativa da sociedade brasileira nos seus direitos efetivos”.
A historiadora afirma que as decisões políticas que vieram após a derrubada da presidenta Dilma foram no sentido de retirar os direitos sociais da população brasileira.
Na avaliação do ex-ministro da Educação, Renato Janine Ribeiro, o golpe foi meticulosamente orquestrado. “Passo a passo a coisa está sendo seguida, mesmo a exclusão do Lula foi cuidadosamente efetuada”, afirma.
A professora da USP, Maria Aparecida Aquino, concorda com Janine e afirma que a prisão de Lula é mais um avanço do golpe. Ela avalia que está em curso uma tentativa de impedir a candidatura do ex-presidente.
“Existe uma identificação entre ele e a população brasileira. Então, o pior que poderia acontecer para as elites conservadoras seria o ex-presidente Lula ser candidato. Porque se ele for, vai ganhar”, acredita.
No dia 17 de abril de 2016, o Brasil assistiu a sessão da Câmara dos Deputados, que início ao golpe que se instalou no país.
*Com informações de José Eduardo Bernardes.
Edição: Katarine Flor