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Óleo de coco na alimentação tem seus benefícios, mas deve ser usado com moderação

Nutricionistas recomendam consumir pequenas quantidades para se obter os benefícios com segurança

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Consumo do óleo de coco em preparos na cozinha é bom em substituição de outras gorduras, mas a quantidade não deve aumentar
Consumo do óleo de coco em preparos na cozinha é bom em substituição de outras gorduras, mas a quantidade não deve aumentar - Pixabay
Nutricionistas recomendam consumir pequenas quantidades para se obter os benefícios com segurança

Extraído da polpa do coco, fruta tropical encontrada em várias regiões do Brasil, o óleo de coco é cada vez mais conhecido pela população e pode ter variados usos. Para a utilização na culinária, a principal regra é o equilíbrio, como recomenda a nutricionista Vanessa Menck. Isso porque, se consumido em excesso, pode prejudicar a saúde devido o alto teor de gordura saturada.

“De maneira geral, o uso do óleo de coco devia ser exatamente igual aos outros óleos, ou até em menor freqüência. Ou seja, com moderação. Ele deveria ser utilizado principalmente pra refogar o alho na hora de fazer o arroz, ou pra untar uma panela na hora de fazer alguma preparação”, orienta.

A especialista indica o óleo de coco como substituto da margarina, que é um alimento que oferece mais riscos à saúde por conta do processamento na fabricação. Já a nutricionista Cristina Bignardi, conselheira do Conselho Regional de Nutricionistas de São Paulo, destaca o óleo de coco como fonte natural da gordura chamada ácido láurico, que influencia no aumento do colesterol bom:

“Ele faz uma relação boa entre o HDL, que é o colesterol bom, e o LDL, que é o colesterol ruim. Então ele é bom e pode ser usado na cozinha no lugar de outros óleos, mas com moderação”.

A boa e rápida absorção pelo organismo humano também é uma característica presente no óleo de coco, de acordo com Vanessa. O consumo pode beneficiar pessoas hospitalizadas ou que estão em recuperação de alguma enfermidade, assim como atletas, que necessitam de uma produção de energia imediata. Apesar de ter ganhado mais espaço nas prateleiras nos últimos anos, as nutricionistas reforçam a importância de se consumir o óleo de coco com moderação. Entre os riscos à saúde proporcionados por esse alimento está a possibilidade de inflamações.

“O óleo de coco, ele possui dois tipos de componentes na sua estrutura que são iguaizinhos a parede de algumas bactérias. Qual o problema disso? Quando o corpo reconhece essa estrutura, ele vai atacar esse componente. Ao invés dele [o óleo] desinflamar, ele vai disparar um processo de inflamação”, diz. 

Facilmente encontrado em lojas de produtos naturais e de cosméticos, mercados e  farmácias, é  importante observar que o óleo de coco tem a característica natural de ficar sólido em temperaturas abaixo dos 20 graus. A mudança não compromete a qualidade e ainda pode ser um indicativo de pureza do óleo.  

Edição: Camila Salmazio