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Temer segue recomendações de marqueteiros e tenta enganar de novo em rede nacional

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Depois da reforma trabalhista aprovada pela base aliada, Temer e seus ministros ainda imaginam que podem enganar os trabalhadores
Depois da reforma trabalhista aprovada pela base aliada, Temer e seus ministros ainda imaginam que podem enganar os trabalhadores - Marcos Corrêa/PR
Temer considera o 1 maio como um dia do Trabalho e não do trabalhador

O presidente Michel Temer realmente não tem vergonha na cara e aparece em cadeia nacional de rádio e televisão para saudar os trabalhadores brasileiros, os mesmos que o seu governo retirou uma série de conquistas históricas. O lesa pátria, e também lesa trabalhador, foi aconselhado pelos seus marqueteiros a ocupar uma cadeia nacional e mentir, como sempre, descaradamente.

A própria fala de Temer revelou contradições. Ele considera o 1° maio como um dia do trabalho e não do trabalhador. Em determinado momento disse que a data não era uma festa, mas um dia para reflexão, e mais adiante considerou o 1° de maio uma festa. Ao iniciar a fala, que no final anunciou um reajuste de 5,67% no valor do pagamento da Bolsa Família, o que corresponde a cerca de 10 reais, mas nada falou  que o seu governo desligou do programa, um mês antes, 392 mil famílias.

Não é de hoje, claro, que ocupante do Palácio do Planalto vem tentando enganar a opinião publica, mas seus esforços não têm produzido qualquer efeito, como indicam as mais recentes pesquisas.

Temer e seus auxiliares pensam que estão lidando com idiotas e por isso atacam nas cadeias nacionais de rádio e televisão com qualquer argumento. Na véspera do 1° de maio deu o ar mentiroso de sua graça e forçando a barra saudou os trabalhadores, que, por sinal, já não aguentam mais o seu governo protetor dos endinheirados.

Depois da reforma trabalhista aprovada pela base aliada, Temer e seus ministros ainda imaginam que podem enganar os trabalhadores com mensagens de teor mentiroso. Qualquer sugestão de algum marqueteiro de plantão é imediatamente acatada. E tudo com o objetivo de reduzir a rejeição do povo brasileiro, enganado de forma tão primária, como aconteceu agora.

Em meio a tanta mentira oficial, a mídia comercial deu grande destaque a nova denúncia contra Luis Inácio Lula da Silva e mais alguns nomes dos PT, entre as quais a da presidenta da grupo político, Gleise Hoffmann e outros. A denúncia teve a chancela da Procuradora Geral da República, Raquel Dodge. Alias, quanto mais se aproxima a data marcada para a eleição em 7 de outubro, mais aparecem denúncias baseadas nas tais delações premiadas.

Enquanto isso acontecia, na Universidade Federal Fluminense (UFF) estudantes eram agredidos por uma tropa de choque que obedecia ordens de uma tal de Sara Winter, uma figura lamentável e vinculada a grupos fascistas, e tudo ficou por isso mesmo, ou seja, mais impunidade.

Pelo desenrolar dos acontecimentos, prevalecendo a impunidade, não será de se estranhar que qualquer hora dessas ocorra uma tragédia, porque, vale sempre lembrar, os autores de ações violentas seguem impunes, o que na prática estimula o fascismo, que se nutre exatamente desse tipo de procedimento.

E quando vozes se levantam para denunciar tal estado de coisas, a mídia comercial ou omite as denúncias ou então os tais colunistas de sempre são acionados para queimar a imagem dos que fazem as denúncias.

É claro que situações como essas não resistem muito tempo. A história está plena de exemplos nesse sentido.

Edição: Brasil de Fato