Luta

Rap tem raiz no protesto e não pode se afastar da questão social, diz Crônica Mendes

Músico se apresentou na Feira da Reforma agrária e falou sobre a importância do envolvimento do rap na luta política

Brasil de Fato |
Rapper Crônica Mendes canta durante a 3ª Feira da Reforma Agrária, no Parque da Água Branca, em São Paulo
Rapper Crônica Mendes canta durante a 3ª Feira da Reforma Agrária, no Parque da Água Branca, em São Paulo - Rafael Stédile

O rap tem uma raiz política e para seguir forte tem que se manter ligado à periferia. Essa é a avaliação do músico Crônica Mendes.

O rapper se apresentou, nesta sexta-feira, na terceira edição da Feira Nacional da Reforma Agrária, que acontece no Parque da Água Branca, zona oeste da cidade de São Paulo.

Segundo Mendes, o rap nasceu do protesto e não pode deixar de lado a luta social.

“O rap nasceu do social, rap nasceu do protesto. Por mais que, hoje em dia, a gente ganhe dinheiro com isso, a gente não pode deixar de lado esta questão. A partir do momento que o rap tirar o pé da periferia e tirar o pé do social, tirar o pé da questão política, podemos dizer que o rap estará morto. E a raiz do rap é na periferia, é o dedo na ferida. A luta tem que continuar porque nem todo mundo está sorrindo e a revolução ainda precisa”.

Mendes falou ainda sobre sua trajetória e os músicos que influenciaram sua carreira.

Sou um rapper do interior de São Paulo, com raízes na zona sul. A influência vai desde músicas nordestinas, misturando rock com rap, Racionais MC’s. Existe também um certo momento de ousadia, tocando Gonzaga, Alceu Valença”.

A Feira da Reforma Agrária acontece até este domingo, 6 de maio, e tem, além das atrações musicais, a venda de frutas, doces e artesanato produzidos pelos assentados do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra.

Edição: Tayguara Ribeiro