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Subversiva: uma cerveja artesanal feita por mulheres e sem transgênicos

Coletivo de mulheres quer "subverter a lógica de que quem bebe cerveja é homem"

Brasil de Fato | São Paulo (SP) |

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A Subversiva está disponível no Espaço de Comercialização Terra Crioula, rua da Lapa, 107, no bairro da Lapa, no Rio de Janeiro (RJ)
A Subversiva está disponível no Espaço de Comercialização Terra Crioula, rua da Lapa, 107, no bairro da Lapa, no Rio de Janeiro (RJ) - Rafael Stedile

Subversiva é uma das diversas cervejas produzidas artesanalmente pelos assentados do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST), e que podem ser adquiridas na 3ª Feira Nacional da Reforma Agrária.

Luana Carvalho é da direção do movimento e é uma das produtoras da cerveja. Ela conta que o coletivo, formado por seis mulheres de várias regiões do estado do Rio de Janeiro, se encontra uma vez por semana para produzir, debater política e, claro, degustar a bebida. 
 
“O nome surgiu na nossa Feira Estadual Cícero Guedes, escutando ‘As Cantadeiras’ tocar. Aí surgiu a ideia de subversão, de subverter essa lógica de que quem bebe cerveja é homem. Porque historicamente quem iniciou esse processo de produção da cerveja foram as mulheres e os homens, de certa forma, se apropriaram. Então pensamos em resgatar essa ancestralidade das mulheres como produtoras, bebedoras e consumidoras de cerveja”, explicou.
 
O coletivo da Subversiva se inspirou em outras produções artesanais que se organizam no Rio de Janeiro para popularizar o acesso à cerveja. A partir de uma oficina, elas começaram a se encontrar há um ano e trocar experiências, fazer cursos e desenvolver as receitas. Hoje elas possuem os próprios equipamentos e a cada encontro semanal fazem 50 litros de cerveja.
 
“Queremos trazer a discussão da cerveja como um alimento que também pode ser saudável, com uma forma tanto de produção como de consumo muito mais consciente do que ficar repassando nosso dinheiro para essas grandes empresas”, explica a produtora.
 
A Subversiva tem três tipos. A Red Ipa, preferida delas, é mais forte, incorpada e com certo amargor. A Apa é mais clara, leve e de teor alcoólico mais baixo. Já a Amber Ale é uma média das duas. Elas trouxeram onze caixas para a feira. 

No Rio de Janeiro, a Subversiva está disponível no Espaço de Comercialização Terra Crioula, que se localiza na rua da Lapa, 107, no bairro da Lapa.

Edição: Mauro Ramos