No dia 20 de maio, a Venezuela celebrará sua quarta eleição em menos de um ano. As anteriores foram para a Assembleia Nacional Constituinte, governadores e prefeitos. Além disso, esse é o pleito de número 25 durante os 19 anos de anos de governo revolucionário, que iniciou com a chegada ao poder de Hugo Chávez.
A Constituição venezuelana estabelece que a cada seis anos deve ser realizada a eleição presidencial, mas sem definir o mês. Tradicionalmente, o pleito ocorre no final do ano, entre outubro e dezembro. No entanto, diante de uma situação de crise entre o governo e a oposição composta por partidos de direita, a Assembleia Nacional Constituinte, eleita em julho do ano passado, decidiu convocar as eleições para o mês de maio. Adiantar o processo foi uma saída política para decidir nas urnas as disputas do país.
Uma parte da oposição, conformada pelos três maiores partidos direitistas – Ação Democrática, Primeiro Justiça e Vontade Popular –, decidiu não participar da eleição, alegando que não existia garantias de que o processo seria justo e democrático.
Por outro lado, o partido Avançada Progressista, que representa a quarta força política no campo opositor, definiu por participar da disputa, afirmando que as condições democráticas estão dadas e que são as mesmas das eleições de 2015, em que a oposição ganhou a maioria das vagas da Assembleia Nacional.
Assim, o partido inscreveu o candidato Henri Falcón, ex-governador do estado de Lara e, hoje, o principal opositor do atual presidente venezuelano, Nicolás Maduro, que tenta a reeleição pelo Partido Socialista Unidos da Venezuela (PSUV).
Reportagem em Caracas: Fania Rodrigues e Michele de Mello || Edição: Pedro Ribeiro Nogueira || Produção de vídeos: Yuliana Fuentes e Alba TV || Coordenação: Vivian Fernandes