A polarização da sociedade brasileira por conta da política tem causado discordâncias em diversos espaços coletivos. E o local da vez é o Café Sabelucha, em São Paulo, que nas últimas semanas sofreu uma tentativa de boicote por causa da atuação e engajamento de seu proprietário.
O simpático Segismundo Bruno defende a liberdade do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que permanece na carceragem da Polícia Federal, em Curitiba, desde o dia 7 de abril.
Localizado no bairro do Bixiga, região boêmia do centro de São Paulo, o café existe no mesmo endereço há 25 anos e ostenta bandeiras petistas, bonecos, livros e cartazes do ex-presidente Lula; e uma série de homenagens à ícones ligados ao campo progressista.
"As pessoas pensam que vão entrar aqui e pegar o 'vírus da esquerda' ou da 'consciência', conta Bruno, em entrevista exclusiva ao Brasil de Fato.
Militante petista, Bruno se orgulha de sua atuação partidária desde a eleição da prefeita Luiza Erundina, em 1989, na cidade de São Paulo. Ele garante ter feito a defesa dos candidatos da sigla na cidade e no estado, mesmo com pequenas reclamações do Tribunal Eleitoral por campanha indevida.
"Eu não me preocupo com as pessoas que não vem. Porque eu não faço nada que justifique isso. Se elas não concordam, elas não estão sendo democráticas", afirma Bruno.
Nascido no Bixiga, o proprietário não tem sossego sequer para dar entrevistas. Conta que se tornou uma marca de seu café o bate-papo com os clientes. E não são poucos os frequentadores que, no período em que a reportagem esteve no local, entraram apenas para um rápido café e uma longa conversa.
"A minha militância tem sido aqui no café, todos os dias, o ano todo. Eu tive participações de outra forma, mas aqui a minha atuação é mais contundente", explica.
Confira o vídeo:
Edição: Juca Guimarães