O Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (Acnur) divulgou nesta terça-feira (22) um comunicado de alerta sobre o aumento do número de pessoas que estão fugindo da violência e da perseguição nos países na porção norte da América Central, principalmente em Honduras, Guatemala e El Salvador.
A Acnur registrou mais de 294.000 pedidos de asilo e refúgio procedentes destes países no final de 2017, cifra 58% superior ano anterior e 16 vezes maior do que em 2011.
Os principais motivos são o aliciamento de crianças e adolescentes para o tráfico de drogas, ameaças de morte, violência de gênero e crimes de ódio contra LGBTI+.
Além de enfrentar os ataques cotidianos em seus territórios, os centro-americanos que tentam sair do país sofrem com a violência nas fronteiras, sobretudo as mulheres.
“À medida que as pessoas cruzam as fronteiras, enfrentam diversos perigos, como a violência perpetrada por grupos criminosos, que particularmente coloca as as mulheres em situação de vulnerabilidade devido à violência e à exploração sexual”, diz a nota.
No comunicado, a agência da ONU afirma que está trabalhando em colaboração com governos e outras organizações para estabelecer um Marco integral de proteção aos refugiados para garantir que os migrantes forçados possam ter acesso à melhores condições de acolhimento e abrigo, com procedimentos mais eficientes, assim como garantir o acesso à programas sociais e a inserção no mercado de trabalho nos países de destino.
Entre os países que recebem pedidos de asilo de refugiados oriundos da Guatemala, Honduras e San Salvador estão os países vizinhos da América Central, Costa Rica, Panamá e Belize, e na América do Norte, México e Estados Unidos.
Para a Acnur, além da criação de um marco específico para os refugiados, é preciso que os diferentes atores políticos abordem as causas da migração forçada nesta região.
*Com informações da TeleSUR
Edição: Pedro Ribeiro Nogueira | Tradução: Luiza Mançano