A erupção do Vulcão de Fogo, na Guatemala, neste domingo (3), já deixou ao menos 72 mortos, segundo informa o jornal guatemalteco Prensa Libre. Ao todo, 1,7 milhões de pessoas foram afetadas, 3.271 evacuados e 46 feridos. Apenas 19 foram identificados.
As buscas continuaram nesta terça-feira (5) mas tiveram que ser interrompidas por novos fluxos piroclásticos -- correntes de gás, cinza e lava que saem das erupções -- que desceram dos vulcões e atrapalharam os trabalhos das equipes de resgate, que ainda buscam sobreviventes.
"Vamos continuar até encontrarmos a última vítima, embora não saibamos qual é o número exato de atingidos. Vamos vasculhar a região quantas vezes for necessário", afirmou o diretor da Coordenadoria para a Redução de Desastres (Conred), Sergio Cabañas, à Radio França Internacional.
Cabañas também afirmou que ainda não é possível estimar o número exato de desaparecidos, mas as autoridades locais estão criando espaços online para que parentes e amigos publicizem o nome dos desaparecidos.
Entenda
Um dos vulcões mais ativos da América Central, o Vulcão de Fogo, na Guatemala, entrou em erupção neste domingo (3). Com 3.763 metros de altura, o vulcão fica entre os departamentos de Escuintla, Chimaltenango e Sacatepéquez, que foram as regiões mais afetadas pela erupção, considerada a mais forte desde 1974.
A erupção liberou cinzas negras que atingiram 10 mil metros de altura e cobriram as casas de diversos municípios. As operações no aeroporto internacional La Aurora, na Cidade da Guatemala, foram encerradas. Esta é a segunda vez em 2018 que o Vulcão de Fogo entra em erupção. Nesta segunda-feira (4), os governos de El Salvador, México e Equador ofereceram ajuda ao país.
Essa já é uma das erupções mais fatais das últimas décadas.
Edição: Diego Sartorato