Ao apresentar nesta quarta-feira (6) os nomes do novo governo, o primeiro-ministro da Espanha, Pedro Sánchez, surpreendeu ao nomear 11 mulheres e seis homens. As principais pastas foram ocupadas por mulheres: Nádia Calviño Santamaría, no Ministério de Economia e Empresa; Margarita Robles Fernández, para a Defesa; e María Jesús Montero Cuadrado, para chefiar a Fazenda.
É a primeira vez que a Espanha terá um governo majoritamente feminino. Socialista e declaradamente ateu, Sánchez inovou desde sua posse, na semana passada, quando optou por não fazer o tradicional juramento sobre os símbolos cristãos.
Sánchez se disse comprometido com a igualdade de gênero de maneira inequívoca. “O que inclui mais mulheres do que homens, pela primeira vez na história da democracia espanhola, com o peso das responsabilidades econômicas sobre as mulheres e que coloca as políticas de igualdade como foco da ação de governo”, ressaltou.
Em seguida, o primeiro-ministro sintetizou o que planeja para seu governo: “Ser um fiel reflexo do melhor da sociedade que aspiramos servir, que é paritária, intergeneracional, aberta ao mundo e com apoio de uma União Europeia comprometida socialmente e altamente qualificada.”
Sánchez ressaltou também que vai atuar para fortalecer o bloco econômico, fragilizado com a decisão do Reino Unido de abandonar o grupo.
O novo primeiro-ministro substitui Mariano Rajoy, do direitista Partido Popular (PP), que deixou o governo baixo um escândalo de corrupção e após ter o nome aprovado em uma moção de censura. Nesta quarta-feira, Rajoy afirmou que deixará a vida política.
Edição: Denise Griesinger