Pesquisa divulgada neste domingo (10) pelo Instituto Datafolha confirma que a ampla maioria dos eleitores brasileiros quer votar no ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para a Presidência da República. Realizada na semana passada, a consulta aponta que Lula tem 30% das intenções de voto e mostra que mais de um terço dos eleitores (34%) não sabem em quem votar caso sua candidatura seja impedida.
Condenado pela Justiça Federal de Curitiba em um processo que não apresentou provas dos crimes atribuídos a ele, Lula está preso desde 8 de abril na capital paranaense.
O Datafolha entrevistou 2.824 eleitores de 174 municípios na quarta-feira (6) e na quinta-feira (7). É a primeira pesquisa realizada após a paralisação dos caminhoneiros, que levou à queda do presidente da Petrobras, Pedro Parente, e expôs a inabilidade do governo de Michel de Temer.
O instituto mostra o deputado Jair Bolsonaro (PSL-RJ) em segundo lugar na preferência e primeiro colocado em uma eventual ausência de Lula na eleição. Tem 19% da preferência.
A ex-senadora Marina Silva (Rede) vem na sequência, com até 15% das intenções. O ex-ministro Ciro Gomes (PDT) oscila entre 10 e 11%. Já o ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin (PSDB) tem só 7%. Ambos ficam tecnicamente empatados.
Temer: mais impopular da história
Segundo o Datafolha, apenas 3% dos brasileiros consideram o governo Temer ótimo ou bom, enquanto outros 14% acham a gestão do peemedebista regular. A pesquisa revela que a reprovação do presidente aumentou 12 pontos percentuais desde abril. Naquela ocasião, 70% consideravam seu governo ruim ou péssimo.
A impopularidade de Temer é generalizada. Cresceu entre as pessoas de todas as faixas de renda e escolaridade e em todas as regiões do país. No Nordeste, a rejeição a ele atinge 87%.
Há mais de dois anos no poder e sem conseguir retomar o crescimento da economia, Temer tem índice de reprovação maior que qualquer outro presidente do país. Supera os 71% que Dilma Rousseff alcançou em agosto 2015, dois anos antes de ser afastada da Presidência.
*Com informações da RBA e Vermelho.
Edição: Redação