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Arroz nosso de cada dia: confira os tipos e diferenças

Grão está presente na mesa de todos os brasileiros e é importante para compor a alimentação diária

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 O arroz refinado pode ser aliado com outros alimentos  que sejam ricos em fibras, como o feijão
O arroz refinado pode ser aliado com outros alimentos que sejam ricos em fibras, como o feijão - Jacqueline/Flickr
Grão está presente na mesa de todos os brasileiros e é importante para compor a alimentação diária

Alimento consumido praticamente no mundo todo, o arroz é uma planta que não pode faltar na mesa dos brasileiros. As variedades não são poucas, mas os principais consumidos são o arroz branco, o integral, o parboilizado e o arbóreo, que possuem algumas diferenças importantes, segundo a nutricionista Vanessa Menck.

"Basicamente o arroz nasce integral, ele nasce com aquele tom mais amarelo e a casquinha mais dura. A grande diferença dele pro arroz branco é que o branco passa por um processo de refinamento, de polimento, ele é um arroz polido, e nesse processo ele perde cerca de 75% em questão de nutrientes”, diz.

A nutricionista se refere à vitaminas, proteínas, minerais, vitaminas do complexo B e um pouco de fibras, sobrando no arroz branco o amido, carboidrato que será transformado em açúcar pelo corpo. Já o arroz integral possui muito mais benefícios para a saúde, justamente por não ter a casca retirada:

"Eu gosto de falar que o arroz integral é melhor, muito mais benéfico, mas o arroz branco também tem os benefícios dele, a gente não pode tratá-lo como alimento ruim também, mas ele não é tão bom quanto um arroz integral. O arroz integral tem fósforo, tem ferro, ele tem cálcio, vitamina do complexo B e é extremamente rico em fibras. O arroz branco não tem nada disso, ele tem o amido, tem proteína, tem um resquício de vitamina, mas é muito pouco comparado com o integral”, afirma.

O arroz parboilizado é outro tipo bastante encontrado nas prateleiras do mercado. Por passar por um processo de pré cozimento, ele não fica empapado, mesmo que se adicione muita água no preparo. Já o arroz arbóreo, de origem italiana, absorve bastante água, sendo indicado para o uso em risotos por dar uma consistência mais viscose. Porém, os dois passam pelo refinamento que acarreta na perda de nutrientes.

De acordo com a nutricionista, o interessante é aliar o arroz refinado com outros alimentos que sejam ricos em fibras, como o feijão, que junto do arroz, forma um dos carros chefes da comida brasileira. Vanessa ainda indica consumir junto de salada, legumes e sementes como chia, linhaça e girassol. Além disso, ela ainda chama atenção para a quantidade do em alguns casos.

“Nós temos um ponto de atenção com pessoas que tem diabetes ou tem uma inclinação a desenvolver resistência à insulina, por exemplo, ou a doenças crônicas, cardiovasculares, que daí a gente toma cuidado com o tamanho da porção. Mas não é necessário que a gente exclua. Nesses casos, se puder 100% ser o arroz integral ele vai, inclusive, auxiliar na minimização dos processos da patologia”, comenta.

Ainda na questão da saúde, Vanessa fala sobre o malefícios do arroz tradicional produzido em larga escala, que contém agrotóxicos, principalmente inseticidas. Segundo a especialista, o consumo do arroz com agrotóxicos pode gerar reações no organismo como dermatites de contato, sensibilidade na pele, lesão no fígado, arritmia e até alergias a certos alimentos.

Hoje no Brasil, o arroz, se a gente for fazer um ranking dos alimentos que mais se utiliza, mais representa num total o uso de agrotóxico, o arroz é o sexto. 

Em contrapartida, o Brasil é também o maior produtor de arroz orgânico da América Latina. A produção acontece principalmente no sul do país, pelas cooperativas do MST, sob a marca Terra Viva.

Na hora de compor a alimentação diária, a nutricionista orienta que o arroz orgânico seja escolhido sempre que possível e na impossibilidade de adquiri-lo, a dica da especialista é optar pelo arroz integral, por conta da maior quantidade de benefícios para a saúde.

Edição: Guilherme Henrique