Diante do instável cenário político que assola o país desde o golpe contra a presidente Dilma Rousseff (PT), em 2016, concepções que possam romper com os pactos democráticos instituídos a partir de 1988, com a redemocratização, foram ventilados pelos setores mais reacionários da sociedade nos últimos meses.
Os pedidos por uma nova ditadura militar no Brasil, que perdurou no país entre 1964 e 1985, mostra o desconhecimento por parte da população em relação ao período em que o Exército esteve no poder.
"A corrupção, na ditadura militar, era infinitamente maior do que nos dias de hoje. Só que nós não tínhamos conhecimento. Não havia mecanismo de cobrança. A mídia foi depurada com o golpe de 64. Ela representava o poder do capital", afirma Francisco Fonseca, professor de ciência política da Fundação Getúlio Vargas (FGV) e da PUC-SP.
Em entrevista à Rádio Brasil de Fato, Fonseca afirmou que barrar a escalada autoritária terá um papel fundamental nos próximos meses. "As instituições não podem ser abandonadas. A pressão social fará com que elas mudem, mudando a correlação de forças", analisa.
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Edição: Michele Carvalho