O Ponte para o Futuro é responsável pelo Brasil recuar muitos anos
No momento em que o Brasil vive um tempo de retrocesso em função da existência de um governo como o de Michel Temer, o mais repudiado na história da República, assiste-se uma campanha eleitoral sem definições e com o risco de não realização do pleito presidencial marcado para o próximo dia 7 de outubro.
Há quem diga que depois da Copa do Mundo tudo se definirá, mas no momento há receio de que o pleito não se realize em função do grave problema das forças conservadoras em apresentar um candidato unitário que possa levar adiante o projeto colocado em prática a partir do golpe parlamentar ocorrido com a ascensão, em 2016, do governo comandado pelo lesa pátria Michel Temer.
Há também quem questione o termo lesa pária para designar o atual governo ilegítimo. Mas quem acompanha o desenrolar dos acontecimentos percebe perfeitamente que o projeto executado, denominado ponte para o futuro, é pernicioso ao país e é responsável pelo Brasil recuar muitos anos.
Como se não bastasse, o projeto em execução contempla as multinacionais que se apropriam das riquezas nacionais. Exemplo mais marcante é o da entrega de mão beijada da reservas do pré-sal, que o presidente Temer elogiou entusiasticamente, e na maior cara de pau ainda por cima ocupou um espaço eletrônico para esse fim vergonhoso.
Assim vai caminhando o Brasil com Temer, um presidente cujo mandato na prática chegou ao fim, mas teoricamente ainda tem alguns meses ocupando o espaço conquistado por um golpe parlamentar, midiático e judicial e que na prática resultará em ainda maiores estragos para o país e, sobretudo, para os trabalhadores.
Esta reflexão ficaria incompleta se não fosse mencionado o papel desempenhado pela mídia comercial, que apoia totalmente o projeto que faz o país andar para trás.
Independente do desgaste do governo, a mídia comercial faz o possível para preservar o projeto, também apoiado por partidos como o PSDB (Partido da Social Democracia Brasileira), que aspira conquistar a Presidência da República, mesmo que não seja permitida a decisão de os eleitores serem consultados.
Para os apoiadores do esquema, pouco importa se o projeto é rejeitado pela opinião pública, como aconteceu nas quatro últimas eleições presidenciais diretas.
A única forma de evitar que seja dada a última palavra pela cúpula golpista é denunciar o jogo espúrio e obrigar que a cartada final seja dada aos eleitores.
Edição: Jaqueline Deister