O ex-presidente do Uruguai, José Pepe Mujica, visita, amanhã (21), o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que se encontra detido na Superintendência da Polícia Federal, no bairro Santa Cândida, em Curitiba, há mais de dois meses. A senadora e presidenta do Partido dos Trabalhadores, Gleisi Hoffmann, acompanhará o encontro.
Como tem sido de praxe, Lula recebe duas visitas às quintas-feiras.
No caso de Mujica, está previsto também um encontro com a militância presente na Vigília Lula Livre, acampamento em solidariedade a Lula montado nos entornos da PF desde 7 de abril, às 14h30.
O ex-guerrilheiro, que governou o Uruguai entre os anos de 2010 e 2015 e tornou-se símbolo mundial por uma gestão simples, avessa a regalias e preocupada com os pobres, já esteve em Curitiba anteriormente, em 2016. À época, reuniu mais de três mil pessoas em evento gratuito sobre o tema da democracia.
Mujica é uma das lideranças mundiais que vêm denunciando a prisão política de Lula. Ainda em março de 2018, antes da prisão de Lula, o ex-mandatário participou da quarta etapa da caravana Lula pelo Brasil, na fronteira entre as cidades de Rivera, no Uruguai, e Santana do Livramento, no Rio Grande do Sul.
Ambos se conheceram durante a posse de Tabaré Vásquez, em 2005, no Uruguai, e Lula ficou impressionado com o discurso combativo do então senador uruguaio.
Visitas ao presidente
Além das visitas de quinta-feira, Lula conquistou o direito de receber às segundas-feiras a visita de lideranças religiosas. Ao todo, já passaram pela Superintendência da Polícia Federal cinco representantes de diferentes matrizes religiosas, entre as quais Leonardo Boff, Frei Betto e Frei Sérgio Gorgën. Porém, o ativista Juan Grabois, emissário do papa Francisco, foi barrado.
Entre as lideranças políticas, já estiveram com Lula a ex-presidenta Dilma Rousseff (PT), o ex-governador da Bahia, Jaques Wagner (PT), Wellington Dias (PT), governador do Piauí, Vagner Freitas, presidente da CUT, Gleisi, o ativista e ator estadunidense Danny Glover, Fernando Haddad (PT), ex-prefeito de São Paulo, Paulo Okamoto, do Instituto Lula, e Emídio de Souza (PT), ex-prefeito de Osasco (SP).
Edição: Diego Sartorato