A política de Michel Temer e de Pedro Parente para a Petrobras, legitimada pela falsa retórica da “necessidade de recolocar a empresa no cenário competitivo da economia internacional”, vai na contramão dos interesses e necessidades dos seus verdadeiros donos: o povo brasileiro!
A Petrobras é uma empresa estatal. Assim sendo, a política de gestão dessa empresa não deve ser voltada apenas para “gerar lucros”, mas também – e principalmente – levar em conta as necessidades da população brasileira. No período de um ano, o preço da gasolina subiu 18%. E o botijão de gás subiu 17%, consumindo 40% da renda de uma família. Nesse cálculo, quem paga a conta? A população. Isso é um crime e uma contradição com o papel que essa empresa deve cumprir para o desenvolvimento nacional.
O combo Michel Temer + Pedro Parente na gestão da Petrobras só caminhava no sentido de destruir a maior empresa estatal do Brasil, patrimônio da nação brasileira. Esta é a política macroeconômica de desmonte dos setores estratégicos da economia brasileira – com a possibilidade de privatização da Embraer, da Eletrobrás, de bancos públicos, entre outras empresas – tão centrais para a construção de um projeto autônomo e soberano num país de capitalismo dependente como o nosso.
O que começou com a deslegitimação da empresa por meio da “justiça seletiva” exercida pela Operação Lava Jato, continua na política de preços dos combustíveis e do gás instituída por Temer. Entretanto, ainda mais grave são os dados que demonstram a escolha de paralisar nossas refinarias, que estão com 30% de ociosidade. Isso trava nossa capacidade de produção interna, aumenta nossa dependência de importação de combustíveis e enraíza ainda mais nossa inserção subordinada na divisão internacional do trabalho como exportador de produtos primários.
O pré-sal é a maior reserva de petróleo encontrada nos últimos 30 anos. Estima-se que, com a descoberta do pré-sal pela Petrobras, seremos autossuficientes em petróleo por muitas décadas. A autossuficiência em petróleo significa autonomia e soberania nacional. Isso demonstra a importância estratégica da Petrobras para o futuro da nação. Garantir seu caráter de empresa estatal é garantir que nosso petróleo não seja entregue a interesses privatistas.
Por isso, deve-se reivindicar uma Petrobras voltada aos interesses e necessidades dos seus verdadeiros detentores, o povo brasileiro, contribuindo para o fortalecimento do desenvolvimento do país e da nossa soberania nacional. Essa luta é por um futuro de autonomia para o Brasil e para as próximas gerações de brasileiros e brasileiras. Michel Temer, “O Petróleo é Nosso” e a Petrobras também!
Edição: Paula Adissi