O presidente do Paraguai, Horacio Cartes, retirou nesta terça-feira (26/06) sua renúncia ao cargo, após não conseguir os votos necessários para validar a medida no Congresso.
Em sua conta no Twitter, Cartes afirmou que enxerga “com grande pena que alguns legisladores não desejam que se cumpra a vontade popular de 22 de abril [eleições], por isso retiro minha renúncia ao cargo de presidente da República”.
Cartes, do Partido Colorado, foi eleito ao Senado nas últimas eleições, em 22 de abril, e havia renunciado à presidência em maio. Com a atitude, o presidente visava assumir o posto de senador eleito, que possui direito a voz e voto.
De acordo com a Constituição do Paraguai, ex-presidentes viram senadores vitalícios ao deixarem o cargo, com direito a voz, mas sem poderem votar.
Na sessão de segunda-feira, o ex-presidente do país, Fernando Lugo, atual presidente do Congresso do Paraguai, se pronunciou contra a possível posse de Cartes.
“Horacio Cartes é presidente da República e será senador vitalício. Não será convocado para tomar posse, seguirá sendo presidente. Não se pode convocar um presidente a tomar posse como senador ativo”, disse Lugo.
A posse dos senadores eleitos no último pleito está prevista para este sábado (30/06). Como a renúncia de Cartes não se concretizou, ele cumpre seu mandato até dia 15 de agosto, quando o presidente eleito em 22 de abril, Mario Abdo Benítez, toma posse. Uma vez que o presidente não tomará posse no Senado, o próximo eleito na lista, Roldolfo Friedmann, também do Partido Colorado, irá assumir o cargo.
Edição: Opera Mundi