Todo mês de Junho o nordestino para tudo para festejar. A quadrilha, a fogueira, o forró fazem parte dos festejos juninos que tomam conta dos quatro cantos da região. Foi nesse clima que o sindicato dos Bancários mostraram na última terça-feira, 26 de junho, que também é possível fazer luta e denunciar os desmandos do Governo Temer e sua política de precarização dos bancos públicos.
No centro de João Pessoa um trio de forró embalava a manifestação da categoria e chamava a atenção das pessoas que passavam. O presidente do Sindicato dos Bancários, Marcos Alves, explicou o desmonte que os bancos públicos vêm sofrendo: “Lamentavelmente só o banco do Brasil fechou nos últimos dois anos 777 agências. Os bancos públicos hoje estão com a política mesquinha de fechamento de agências, de demissão, fazendo programa de demissão incentivada e o que observamos é que necessitamos cada vez mais fortalecer esses bancos”.
Além do desmonte, outra política do governo golpista de Michel Temer e Henrique Meirelles seria a privatização: “as instituições públicas são patrimônio do povo brasileiro, nós precisamos ter uma Caixa Econômica forte e não privatizada como querem. A Caixa Econômica é responsável por mais de 70% do financiamento habitacional desse país”, denuncia Alves.
Se os banqueiros tem seus lucros aumentados ano após ano, já a situação dos trabalhadores de bancos é preocupante. “Com a aprovação da famígera deforma trabalhista, os direitos dos bancários estão em risco. Por isso nós antecipamos nossa campanha para mantermos toda essa pauta. A nossa luta é por nenhuma retirada de direitos, nenhum direito a menos, por contratação de mais empregados, por um reajuste de cinco por cento e aumento real”, afirmou o presidente do Sindicato dos Bancários.
Tanto Caixa Econômica quanto Banco do Brasil e Banco do Nordeste são importantes no acesso a crédito, principalmente para os mais pobres e em condições menos abusivas. O diagnóstico da categoria é que se não houver uma retomada do papel desses bancos na promoção desse acesso, a sociedade se tornará cada vez mais injusta e desigual. “O banco do Brasil é responsável pelo financiamento a agricultura familiar, o banco do nordeste também com sua política de investimento no pequeno e microempreendedor. Então, por tudo isso nós precisamos fortalecer esses bancos para ter um país melhor, mais desenvolvido, com uma população mais justa digna”, finaliza Marcos Alves.
Edição: Paula Adissi